Negócios

Nissan quer elevar fatia mundial; terá fábrica no Brasil

A montadora afirmou que vai construir uma fábrica brasileira de 200 mil veículos por ano

No ano passado, a Nissan alcançou participação de mercado recorde de 5,8%, com crescimento maior que a média da indústria na China e Europa (Kazuhiro Nogi/AFP)

No ano passado, a Nissan alcançou participação de mercado recorde de 5,8%, com crescimento maior que a média da indústria na China e Europa (Kazuhiro Nogi/AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2011 às 08h27.

Yokohama - A Nissan Motor divulgou nesta segunda-feira planos para impulsionar sua participação de mercado mundial e aumentar margem de lucro para 8 por cento em seis anos. A empresa promete um novo veículo a cada seis semanas, em média, para atrair consumidores de seus rivais.

Como parte do novo plano, a Nissan afirmou que vai construir uma fábrica de 200 mil veículos por ano no Brasil, primeiro passo para expansão no país. A fábrica, que será a quinta base produtiva para os carros compactos da plataforma V, depois da Tailândia, Índia, China e México, deve ser anunciada até o final do ano.

"Se eles puderem realmente produzir 200 mil carros por ano no Brasil, isso será uma notícia positiva", disse Toshihiko Matsuno, estrategista sênior da SMBC Friend Securities. "Produzindo no exterior, eles poderão reduzir custos de logística e isso é uma maneira de alcançar margem de lucro maior." O novo plano de médio prazo, chamado de Nissan Power 88, vai focar os mercados emergentes de Brasil, Rússia, Índia e China, bem como novos em desenvolvimento no sudeste asiático, afirmou o presidente-executivo da companhia, Carlos Ghosn.

"Esta é a primeira vez que a Nissan está começando um plano de negócios na ofensiva em vez de reconstruir ou defender algo", disse o executivo. "É por isso que me sinto bem a respeito", acrescentou.

A meta de participação de mercado representa vendas de mais de 7 milhões de veículos com base na previsão de Ghosn de que as vendas da indústria no mundo vão alcançar mais de 90 milhões de unidades no ano que se encerra em março de 2017.

Ghosn liderou a Nissan por quatro planos de crescimento, desde a parceria com a francesa Renault em 1999, transformando uma montadora perto do colapso em uma das mais lucrativas fabricantes de veículos do mundo.

Com a reestruturação corporativa concluída, o balanço financeiro de volta à ordem e investimentos tecnológicos definidos para carros elétricos e para a plataforma de veículos subcompactos "V-platform", Ghosn afirmou que a próxima fase de crescimento deverá vir de um salto nas vendas e lucratividade.

No ano passado, a Nissan alcançou participação de mercado recorde de 5,8 por cento, com crescimento maior que a média da indústria na China e Europa. A empresa teve uma margem de lucro operacional de 6,1 por cento.

Ghosn disse querer que a Renault-Nissan se junte à Toyota, General Motors e Volkswagen no topo do ranking mundial de vendas.

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