Nissan prevê superar crescimento da China
A montadora prevê que seu crescimento no país ultrapassará as vendas totais da indústria chinesa pela primeira vez em três anos
Da Redação
Publicado em 6 de dezembro de 2013 às 21h47.
Nova York e Tóquio - A Nissan Motor Co. prevê que seu crescimento na China ultrapassará as vendas totais da indústria no país pela primeira vez em três anos, já que os consumidores no maior mercado automotivo do mundo retornam às marcas japonesas.
“No ano que vem, deveremos observar um crescimento nas nossas vendas, provavelmente um pouco superior ao da indústria”, disse o diretor financeiro Joseph Peter ontem, em uma entrevista na sede da companhia em Yokohama, Japão.
“Felizmente, até agora não observamos a reincidência dos tumultos por protestos nem da violência contra companhias japonesas ocorridos em setembro do ano passado”.
A Nissan foi uma das companhias mais afetadas no ano passado, quando uma disputa territorial entre as duas maiores potências da Ásia impulsionou boicotes contra produtos japoneses.
Ainda que a disputa diplomática que ressurgiu no mês passado não tenha desencadeado a rejeição dos consumidores vista em 2012, os picos periódicos de tensão entre os dois vizinhos asiáticos ressaltam a vulnerabilidade das companhias japonesas na segunda maior economia do mundo.
“A questão das ilhas é um problema fatal para a Nissan e para outras companhias japonesas, e também é um problema sobre o qual elas não possuem absolutamente nenhum controle”, disse Cao He, analista da indústria automotiva, sediado em Pequim, que trabalha para a China Minzu Securities Co.
“Não há forma de elas planejarem ou predizerem qual será o ambiente político. O que elas podem fazer é simplesmente vender tantos carros quanto puderem quando a situação política for estável, para terem suficiente força para aguentar quando as relações bilaterais forem para o buraco”.
Incendiando concessionários
Nesta época do ano passado, a Nissan estava se preparando para uma queda sem precedentes de quatro meses consecutivos nas vendas na China depois que o governo japonês comprou de um proprietário privado um grupo de ilhas inabitadas no Mar da China Oriental, conhecidas como Senkaku, no Japão, e como, Diaoyu, na China.
A medida desencadeou protestos na China. Alguns dos manifestantes incendiaram concessionárias e fizeram vandalismo com carros associados ao Japão.
Hoje, a briga voltou depois que a China criou uma área de defesa aérea que abrange as ilhas, mas os boicotes não retornaram. As três maiores montadoras japonesas registraram três meses consecutivos de ganhos e a Nissan, que é a que, entre elas, mais vende carros na China, prevê que suas vendas no país batam recorde no ano que vem, desde que as tensões não se intensifiquem.
A Nissan, que almeja conseguir 10 por cento do mercado chinês frente a 6,2 por cento em 2011, disse em novembro que espera que os envios à China neste ano aumentem 7,5 por cento, para 1,27 milhões de unidades.
Para aumentar seu foco na China, a Nissan converteu o país em uma região separada neste ano, como parte de uma reorganização das operações e da gestão da companhia. Na reforma, a companhia reorganizou suas operações em seis regiões em vez de três e eliminou o cargo de chefe de operações, dividindo suas funções em três.
Foco regional
“O que precisamos fazer é separar e criar mais regiões para termos um foco gerencial muito específico no maior número de regiões cruciais”, disse Peter. “Sentimos que a época em que podíamos gerenciar a companhia com essas grandes regiões em certa forma acabou”.
Para ajudar a impulsionar a rentabilidade, Peter disse que a Nissan está considerando ajustar gastos. Por exemplo, no ano passado a companhia, normalmente, teria aumentado os incentivos para atingir as metas de volume, mas agora a Nissan planeja ser mais prudente e considerar se tais preços são sustentáveis, disse Peter.
Nova York e Tóquio - A Nissan Motor Co. prevê que seu crescimento na China ultrapassará as vendas totais da indústria no país pela primeira vez em três anos, já que os consumidores no maior mercado automotivo do mundo retornam às marcas japonesas.
“No ano que vem, deveremos observar um crescimento nas nossas vendas, provavelmente um pouco superior ao da indústria”, disse o diretor financeiro Joseph Peter ontem, em uma entrevista na sede da companhia em Yokohama, Japão.
“Felizmente, até agora não observamos a reincidência dos tumultos por protestos nem da violência contra companhias japonesas ocorridos em setembro do ano passado”.
A Nissan foi uma das companhias mais afetadas no ano passado, quando uma disputa territorial entre as duas maiores potências da Ásia impulsionou boicotes contra produtos japoneses.
Ainda que a disputa diplomática que ressurgiu no mês passado não tenha desencadeado a rejeição dos consumidores vista em 2012, os picos periódicos de tensão entre os dois vizinhos asiáticos ressaltam a vulnerabilidade das companhias japonesas na segunda maior economia do mundo.
“A questão das ilhas é um problema fatal para a Nissan e para outras companhias japonesas, e também é um problema sobre o qual elas não possuem absolutamente nenhum controle”, disse Cao He, analista da indústria automotiva, sediado em Pequim, que trabalha para a China Minzu Securities Co.
“Não há forma de elas planejarem ou predizerem qual será o ambiente político. O que elas podem fazer é simplesmente vender tantos carros quanto puderem quando a situação política for estável, para terem suficiente força para aguentar quando as relações bilaterais forem para o buraco”.
Incendiando concessionários
Nesta época do ano passado, a Nissan estava se preparando para uma queda sem precedentes de quatro meses consecutivos nas vendas na China depois que o governo japonês comprou de um proprietário privado um grupo de ilhas inabitadas no Mar da China Oriental, conhecidas como Senkaku, no Japão, e como, Diaoyu, na China.
A medida desencadeou protestos na China. Alguns dos manifestantes incendiaram concessionárias e fizeram vandalismo com carros associados ao Japão.
Hoje, a briga voltou depois que a China criou uma área de defesa aérea que abrange as ilhas, mas os boicotes não retornaram. As três maiores montadoras japonesas registraram três meses consecutivos de ganhos e a Nissan, que é a que, entre elas, mais vende carros na China, prevê que suas vendas no país batam recorde no ano que vem, desde que as tensões não se intensifiquem.
A Nissan, que almeja conseguir 10 por cento do mercado chinês frente a 6,2 por cento em 2011, disse em novembro que espera que os envios à China neste ano aumentem 7,5 por cento, para 1,27 milhões de unidades.
Para aumentar seu foco na China, a Nissan converteu o país em uma região separada neste ano, como parte de uma reorganização das operações e da gestão da companhia. Na reforma, a companhia reorganizou suas operações em seis regiões em vez de três e eliminou o cargo de chefe de operações, dividindo suas funções em três.
Foco regional
“O que precisamos fazer é separar e criar mais regiões para termos um foco gerencial muito específico no maior número de regiões cruciais”, disse Peter. “Sentimos que a época em que podíamos gerenciar a companhia com essas grandes regiões em certa forma acabou”.
Para ajudar a impulsionar a rentabilidade, Peter disse que a Nissan está considerando ajustar gastos. Por exemplo, no ano passado a companhia, normalmente, teria aumentado os incentivos para atingir as metas de volume, mas agora a Nissan planeja ser mais prudente e considerar se tais preços são sustentáveis, disse Peter.