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Nestlé acelera reestruturação conforme alta de vendas desacelera

Custos de reestruturação podem atingir 1 bilhão de francos suíços (1 bilhão de dólares)

Nestlé: empresa espera que sua margem operacional de 2017 recue de 0,4 para 0,6 ponto percentual (Nestlé/Bloomberg)

Nestlé: empresa espera que sua margem operacional de 2017 recue de 0,4 para 0,6 ponto percentual (Nestlé/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 19 de outubro de 2017 às 13h30.

Zurique - A gigante suíça Nestlé espera que o crescimento das vendas orgânicas seja modesto no quarto trimestre e está acelerando seu programa de reestruturação, à medida que busca melhorar as margens de lucro.

Os fabricantes de alimentos embalados estão sob pressão para revisar seus modelos de negócios e o portfólio de marca para satisfazer o apetite dos consumidores por alimentos locais frescos e saudáveis, ao mesmo tempo que melhoram os retornos para enfrentar os investidores ativistas cada vez mais atuantes.

A Nestlé informou nesta quinta-feira que espera que sua margem operacional de 2017 recue de 0,4 para 0,6 ponto percentual, à medida que os custos de reestruturação podem atingir 1 bilhão de francos suíços (1 bilhão de dólares), o dobro do plano inicial, mantendo orientação para as despesas globais em 2,5 bilhões de francos suíços até 2020.

Sob pressão do investidor ativista Third Point para melhorar os retornos a curto prazo, a Nestlé no mês passado estabeleceu a meta para essa margem atingir entre 17,5 e 18,5 por cento até 2020, ante 16 por cento em 2016.

O crescimento orgânico das vendas acelerou para 3,1 por cento no terceiro trimestre, ante 2,3 por cento no primeiro e 2,4 por cento no segundo, alinhado com as expectativas de analistas segundo pesquisa da Reuters, impulsionado por melhores negociações na Europa e na Ásia.

O vice-presidente financeiro da empresa, Francois-Xavier Roger, confirmou à repórteres o objetivo da Nestlé de retornar ao crescimento orgânico de meio dígito até 2020, citando uma reviravolta em seus negócios chineses da Yinlu e revisão estratégica de seu negócio de doces dos Estados Unidos que provavelmente seria concluído até o final do ano.

(Por Silke Koltrowitz e John Revill)

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