Redação Exame
Publicado em 2 de dezembro de 2025 às 15h32.
Cat Goetze queria apenas uma alternativa mais simples ao smartphone. Dois anos depois, transformou essa vontade pessoal em uma startup com faturamento de US$ 280 mil e mais de 3.000 unidades vendidas.
A empresa, batizada de Physical Phones, comercializa telefones fixos com design nostálgico, mas equipados com conexão Bluetooth, compatíveis com iPhones e Androids.
O primeiro lote, colocado em pré-venda em julho de 2025, surpreendeu até a fundadora: US$ 120 mil em vendas nos três primeiros dias. Sem contar com investimento externo ou plano elaborado, Goetze estruturou o negócio de forma gradual, tomando decisões fundamentais para garantir lucratividade, capacidade de produção e controle de margem, elementos centrais da boa gestão financeira corporativa. As informações são da CNBC Make It.
A empresa comercializa atualmente cinco modelos, com preços entre US$ 90 e US$ 110. A precificação estratégica reflete tanto o apelo emocional quanto os custos operacionais e a margem necessária para reinvestimento e crescimento.
A demanda inesperada exigiu decisões rápidas sobre estrutura de capital, precificação e controle de fluxo de caixa. Em vez de buscar aporte externo, a fundadora optou por manter o negócio autossustentável. A operação segue bootstrapped, ou seja, financiada inteiramente com os próprios recursos e receita do negócio.
Esse modelo exige excelência na alocação de recursos: cada real (ou dólar) gasto deve ter retorno mensurável.
Do controle de estoque ao investimento em fornecedores confiáveis, Goetze priorizou a eficiência financeira — ponto essencial para startups que desejam crescer com independência.
Mais do que um telefone, o Physical Phones vende uma narrativa de reduzir a dependência digital em um mundo hiperconectado. O apelo emocional — alimentado pela nostalgia dos telefones de disco, pela estética dos anos 1990 e pela busca por foco — fez do produto um sucesso entre consumidores cansados de telas.
Segundo Goetze, o sucesso repentino é reflexo de um movimento maior. “Estamos enfrentando uma epidemia de solidão. As pessoas estão começando a dizer: ‘Não quero mais isso, vou escolher um futuro diferente’”, afirmou. A fundadora acredita que o crescimento da startup está alinhado a essa virada de comportamento, cada vez mais comum entre as gerações mais jovens.
Mas vender propósito sem estrutura é caminho curto. Por isso, a empresa se prepara para o próximo passo: manter o ritmo de vendas com controle sobre escala, custos e marca — o tripé que sustenta a valorização de empresas em crescimento.
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