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Negociação para venda do BVA emperra

Para fechar negócio, Carlos Alberto de Oliveira Andrade, controlador do Grupo Caoa, quer uma adesão de ao menos 90% dos credores à sua proposta pela instituição


	Oliveira Andrade é um dos maiores credores do BVA, com cerca de R$ 500 milhões em aplicações financeiras e R$ 100 milhões em participação acionária
 (Divulgação)

Oliveira Andrade é um dos maiores credores do BVA, com cerca de R$ 500 milhões em aplicações financeiras e R$ 100 milhões em participação acionária (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 21 de março de 2013 às 11h25.

São Paulo - As negociações do empresário Carlos Alberto de Oliveira Andrade, controlador do Grupo Caoa, para comprar o banco BVA emperraram.

A reportagem apurou que, para fechar negócio, Oliveira Andrade quer uma adesão de ao menos 90% dos credores à sua proposta pela instituição, que está sob intervenção do Banco Central (BC) desde 19 de outubro. Até agora, porém, só conseguiu cerca de 65%.

Pessoas ligadas ao empresário disseram que, se ele não conseguir chegar aos 90%, desistirá da compra. Oliveira Andrade é um dos maiores credores do BVA, com cerca de R$ 500 milhões em aplicações financeiras e R$ 100 milhões em participação acionária.

Para evitar perder todo esse dinheiro e também ganhar uma plataforma financeira para seus negócios no ramo automotivo, decidiu tentar comprar o banco.

Na semana passada, apresentou oficialmente uma proposta pela qual se dispõe a pagar à vista 35% dos valores depositados pelos credores no BVA. Além disso, ofereceu a possibilidade de um ganho adicional, vinculado aos créditos que o banco conseguir recuperar com os devedores.

Para seguir em frente com a proposta, Oliveira Andrade precisou do sinal verde do Banco Central. Desde meados de fevereiro, o BC já tem em mãos o relatório do interventor do BVA.

Como não houve nenhuma proposta pelo banco até aquela data, poderia liquidá-lo a qualquer momento se entendesse que não tinha mais condições de operar. Oliveira Andrade negociou um prazo até terça-feira que vem. Até lá, deve fazer chegar ao BC uma proposta oficial. Caso contrário, a liquidação deverá ser consumada.

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