Natura: os números, segundo a empresa, foram impactados por efeitos não recorrentes resultantes de reversões e constituição de provisões para contingência que afetaram o EBITDA e o lucro líquido (Divulgação/Natura/Divulgação)
Estadão Conteúdo
Publicado em 26 de abril de 2017 às 20h28.
Última atualização em 26 de abril de 2017 às 22h54.
São Paulo - A empresa de cosméticos Natura encerrou o primeiro trimestre de 2017 com lucro líquido consolidado de R$ 188,974 milhões, ante prejuízo de R$ 69,1 milhões apurado em igual intervalo do ano passado.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado somou R$ 364,6 milhões entre janeiro e março, o que representa um crescimento de 68% ante o registrado no mesmo trimestre de 2016.
A margem Ebitda ficou em 21,1%, uma alta de 8,2 pontos porcentuais ante igual trimestre de 2016.
A receita líquida consolidada totalizou R$ 1,728 bilhão no primeiro trimestre do ano, com expansão de 2,3% ante os primeiros três meses do ano passado.
Os números, segundo a empresa, foram impactados por efeitos não recorrentes resultantes de reversões e constituição de provisões para contingência que afetaram o EBITDA e o lucro líquido.
A empresa informa que, excluindo efeitos não recorrentes, o Ebitda seria de R$ 209,8 milhões no primeiro trimestre, montante 3,3% menor que o registrado em igual intervalo do ano passado.
A variação, segundo a empresa, é explicada por impacto cambial no resultado da América Latina de R$ 17,3 milhões; intensificação nas ações de marketing, incentivos e capacitação da força de vendas; e aumento da carga tributária no Brasil, com impacto de R$ 12,2 milhões.
Já o lucro líquido, sem os efeitos não recorrentes, seria de R$ 28,2 milhões.
As despesas financeiras líquidas, excluindo os efeitos não recorrentes, totalizaram R$ 101,4 milhões no primeiro trimestre, contra R$ 217,8 milhões de igual intervalo de 2016.
Esta redução, explica a empresa, se deve a impactos que ocorreram em 2016 e que não se repetiram em 2017, como a marcação a mercado do hedge de dívidas em moeda estrangeira e o efeito da provisão para compra da participação minoritária da Aesop.