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Natura compra operação da Avon e será a 4ª maior do mundo

Com a Avon, a Natura &Co terá faturamento anual superior a 10 bilhões de dólares, mais de 40 mil colaboradores e presença em cem países

De acordo com comunicado feito pela Natura, a aquisição a torna a quarta maior empresa de beleza do mundo (Natura/Divulgação)

Karin Salomão

Publicado em 22 de maio de 2019 às 17h45.

Última atualização em 23 de maio de 2019 às 08h52.

A Natura Cosméticos anunciou que chegou a um acordo para a compra da Avon Products, Inc em uma operação de troca de ações.

Uma nova sociedade, a holding Natura &Co, será criada para controlar todas as ações da Avon e da Natura, como resultado de uma reestruturação societária. A nova sociedade será detida 76% pelos acionistas da Natura e 24% pelos acionistas da Avon. As ações serão listadas no segmento Novo Mercado da bolsa de São Paulo, B3.

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De acordo com comunicado feito pela Natura, quando concluída, a aquisição a tornará a quarta maior empresa de beleza do mundo. O Brasil já é o maior mercado da Avon. Juntas, as empresas terão a liderança na venda por relações, com mais de 6,3 milhões de representantes e consultoras e presença global com 3,2 mil lojas.

Com a Avon, a Natura &Co terá faturamento anual superior a 10 bilhões de dólares, mais de 40 mil colaboradores e presença em cem países. A Natura &Co espera que a combinação desses negócios resulte em sinergias estimadas entre 150 milhões de dólares e 250 milhões de dólares anuais, que devem em parte ser reinvestidas para aumentar ainda mais sua presença nos canais digitais e mídias sociais, em pesquisa e desenvolvimento, iniciativas de marca e expansão da presença geográfica do grupo, diz o comunicado.

Para a transação, a Natura obteve financiamento junto com o Banco Bradesco, o Citigroup Global Markets e o Itaú Unibanco S.A. de 1,6 bilhão de dólares. O valor será usado como contrapartida a ser paga aos detentores de Ações Preferenciais Série C da Avon.

Com os primeiros rumores sobre a aquisição, as ações da Natura abriram o dia em queda de 6%. O Financial Times publicou que o negócio avaliava o grupo brasileiro em torno de 2 bilhões de dólares.

Logo em seguida, a brasileira anunciou que negociava a compra da concorrente por meio de troca de ações, provocando uma reviravolta nos papéis, que fecharam o dia em alta de 9,43%.

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