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Natura abrirá lojas da rede Aesop no país neste ano

As duas primeiras unidades da Aesop deverão ser abertas em São Paulo, na rua Oscar Freire e no bairro Vila Madalena

A Natura também tem um projeto para abrir lojas de sua marca principal, anunciado em 2012, que até agora não virou realidade (Bárbara Ladeia/EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 25 de outubro de 2014 às 12h53.

Última atualização em 28 de outubro de 2016 às 14h28.

São Paulo - Dois anos depois de comprar a rede australiana Aesop por US$ 71,6 milhões, a Natura - líder brasileira no setor de cosméticos - vai usar a marca de alto padrão para reforçar seu projeto de varejo até o fim deste ano.

As duas primeiras unidades da Aesop deverão ser abertas em São Paulo, na rua Oscar Freire (região nobre de comércio da capital paulista) e no bairro Vila Madalena.

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As duas primeiras unidades da Aesop poderão ser, na visão de especialistas em varejo , o embrião de um trabalho multicanal da marca.

A rede australiana, embora considerada um negócio de nicho, por se concentrar em produtos que podem custar entre R$ 50 e R$ 700, pode ser uma forma de a empresa concorrer com redes já estabelecidas no país, como a Contém 1g, e também com a The Body Shop, que a francesa L'Oréal está trazendo agora para o Brasil.

Concentrada especialmente em tratamentos para a pele e organizada - da disposição da loja às embalagens - para lembrar uma botica antiga, a Aesop foi adquirida pela Natura em outubro de 2012.

A empresa ficou com 65% do negócio, fundado em 1987 na cidade de Melbourne. Além da Austrália, está presente também na América do Norte, na Europa e em países da Ásia. Os produtos são vendidos em dezenas de lojas próprias e também em multimarcas.

Para o consultor especializado em franquias Marcelo Cherto, a Aesop pode ser o vetor para uma presença relevante da Natura no varejo. Ele diz que, apesar de a marca ter um preço relativamente alto, a Natura tem escala suficiente para ser competitiva dentro de um segmento mais especializado.

A empresa também tem um projeto para abrir lojas de sua marca principal, anunciado em 2012, que até agora não virou realidade. Para Cherto, essas unidades podem virar um ponto de apoio importante às consultoras, se o projeto for bem estruturado.

"É uma tendência natural das grandes marcas a atuação multicanal", afirma Luiz Góes, sócio responsável pela área de inteligência de mercado da consultoria de varejo GS&MD - Gouvêa de Souza. "Tanto é assim que até a Amazon já anunciou a abertura de uma loja física em Nova York."

Concorrência

O Grupo Boticário , um dos principais concorrentes da Natura, trilhou o caminho contrário: depois de 35 anos no varejo tradicional, apostou no porta a porta.

Hoje, mais de 5% do faturamento do grupo já se concentra nas vendas diretas, o que se traduz em uma receita de R$ 500 milhões por ano. Em pouco mais de dois anos, o Boticário soma 200 mil revendedoras.

A Natura tem hoje um "exército" de cerca de 1,5 milhão de associadas. O canal direto concentra quase a totalidade das vendas da marca, embora a empresa mantenha também um e-commerce.

O executivo Roberto Lima, que assumiu o presidência da empresa em agosto, afirmou ontem, durante teleconferência sobre os resultados da empresa, que o projeto de varejo poderá aumentar as oportunidades de contato do consumidor com a marca.

"Percebemos que aumentar oportunidades de experimentação é importante. Estamos medindo os primeiros resultados e então teremos condição de saber qual tamanho isso vai ter no nosso negócio."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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