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Na Vivo, o primeiro balanço pós-guerra de preços

ÀS SETE - Os números da empresa de telefonia móvel devem mostrar uma desaceleração no crescimento da receita de serviços para aparelhos móveis

Vivo: a expectativa é de que a receita com serviços mobile cresça 4,7% no último trimestre (na comparação anual)

Vivo: a expectativa é de que a receita com serviços mobile cresça 4,7% no último trimestre (na comparação anual)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de fevereiro de 2018 às 06h39.

Última atualização em 21 de fevereiro de 2018 às 07h20.

Há pouco mais de dois anos a líder em telefonia Telefônica Vivo se gabava de não baixar os preços na briga por mais clientes no Brasil. “O foco da Vivo é valor, não volume”, chegou a declarar seu presidente na época em uma teleconferência de resultados.

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Os números do quarto trimestre que a empresa divulga nesta quarta-feira devem mostrar que essa realidade ficou para trás.

Analistas esperam que a companhia mostre uma desaceleração no crescimento da receita de serviços para aparelhos móveis, que atualmente representa quase 60% do faturamento da empresa.

“Embora a desaceleração na receita com serviços móveis possa ser parcialmente explicada por uma inflação mais baixa, acreditamos que o aumento da concorrência no mercado também está desempenhando um papel”, afirmam analistas do banco Credit Suisse em relatório.

A expectativa é de que a receita com serviços mobile cresça 4,7% no último trimestre (na comparação anual), ante os 6,2% de crescimento no terceiro trimestre. A competição pela oferta de pacotes de internet se tornou muito mais intensa desde meados de 2017 e obrigou a Vivo a reduzir os preços significativamente.

Na época, as concorrentes Claro e TIM lançaram planos pós-pago de 10 a 15 GB por 150 reais, forçando a Vivo a adotar preços similares. Em 2016, planos pós-pagos da Vivo custavam pelo menos 190 reais. “Em nossa visão, clientes pagando mais de 150 reais por mês vão se tornar gradualmente mais escassos”, afirma o relatório do Credit.  

Mesmo com essas dificuldades, o lucro da empresa deve crescer 43,3% no último trimestre, para 1,74 bilhão de reais, e totalizar 4,83 bilhões de reais no ano, ante os 4,08 bilhões de 2016. Crescer será cada dia mais difícil.

Mas se conseguir ganhar mais com menos, a empresa terá dado uma mostra de eficiência. Não é pouco para um setor que acumula dificuldades no Brasil. 

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