Na SAP, nuvem é caminho para criar negócios capazes de salvar o planeta
Durante evento da companhia de software, Christian Klein, CEO da empresa, falou sobre o papel da SAP como provedora de tecnologia para a construção de um ambiente de negócios mais sustentável e inovador
Maria Clara Dias
Publicado em 10 de maio de 2022 às 15h03.
Última atualização em 10 de maio de 2022 às 15h22.
Lidar com as rápidas mudanças do ambiente de negócios já é parte da jornada de empresas de diferentes portes, especialmente após a pandemia de covid-19. Converter esses desafios em ganhos reais e lucros, porém, não é algo tão trivial. A revolução tecnológica encarada pelas companhias que conseguem atingir o feito e, ao mesmo tempo gerar impacto, é um dos temas preferidos de Christian Klein, CEO da SAP, empresa fornecedora de software e soluções em nuvem.
Klein falou sobre como transformar empresas em negócios inteligentes, rentáveis e ao mesmo tempo sustentáveis durante a abertura do Sapphire 2022, evento global de inovação da companhia que neste ano se torna cinquentenária. Em meio a representantes da indústria e empresas clientes e parceiras da SAP — entre elas, grandes companhias como Lenovo, BMW e Accenture, o CEO discursou por 1 hora, detalhando em sua fala os planos do gigante tecnológico para os próximos anos.
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A ênfase, na fala de Klein e na estratégia da SAP, está na sustentabilidade e eficiência. A mensagem central é de que dos bastidores da operação a empresa é parte relevante do processo de construção de uma rede global de negócios que priorizam o meio ambiente e, por isso, levam suas receitas às alturas. Na prática, isso acontece porque a SAP inundou seus softwares com indicadores de sustentabilidade, ajudando empresas a escolher, por exemplo, fornecedores e compradores mais sustentáveis e diversos.
A intenção, no final das contas, é criar uma rede de negócios global capaz de conectar múltiplos fornecedores e compradores, algo válido para indústrias mais complexas que exigem muitos componentes e intermediários para a construção de um produto. "Estamos criando o LinkedIn das empresas e da indústria", disse. "Uma rede de negócios com os mais diversos representantes".
Hoje, a rede de negócios da SAP conta com mais de 4 mil fornecedores, e a empresa tem 4 mil engenheiros dedicados a incluir essas informações ligadas à sustentabilidade das empresas em sua base de dados.
Klein buscou reforçar o papel da SAP no desempenho sustentável de uma nova geração de empresas que buscam solucionar os mais graves problemas da humanidade. "Sem dúvida, a sustentabilidade é um imperativo para os negócios daqui em diante", afirmou.
Para ele, o surgimento de companhias capazes de criar impacto positivo e com cadeias de suprimentos cada vez mais enxutas é um processo que deve ser apoiado pelas líderes em seus respectivos setores. No caso da SAP, a obrigação é tecnológica. "Vamos dar as ferramentas para que elas consigam chegar onde querem. No futuro, por exemplo, será possível contabilizar carbono como qualquer outro indicador financeiro".
"Falando em sustentabilidade, o que vemos é que ainda falta o básico, e não é possível gerar impacto assim. Não há como avançar de discurso para ação sem mensurar", diz. Do lado da SAP, novos recursos estão sendo incorporados à solução de software dedicada a sustentabilidade e redução da pegada de carbono, como transporte e viagens.
A empresa também aproveitou a ocasião para lançar dois novos produtos. O primeiro deles, em parceria com a Apple, vem para auxiliar trabalhadores do setor de logística e suprimentos e administrar os estoques através do controle por códigos de barras. Já o segundo produto, um aplicativo móvel, é voltado a motoristas de transportadoras dedicadas à última milha.