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Na crise, GM corta até cafezinho

“Estamos cortando os custos que não são estratégicos, pelos quais o cliente não paga”, disse Santiago Chamorro, presidente da GM


	GM: “estamos cortando os custos que não são estratégicos, pelos quais o cliente não paga”, disse presidente da GM
 (Bill Pugliano/Getty Images)

GM: “estamos cortando os custos que não são estratégicos, pelos quais o cliente não paga”, disse presidente da GM (Bill Pugliano/Getty Images)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 29 de setembro de 2015 às 15h51.

São Paulo - Em meio à queda das vendas no setor automotivo, a General Motors está limando custos superficiais e adotando medidas como redução da jornada de trabalho para não perder tanto em tempos difíceis.

“Estamos cortando os custos que não são estratégicos, pelos quais o cliente não paga”, disse Santiago Chamorro, presidente da GM do Brasil, no Fórum Direções, da Quatro Rodas.

Entre as reduções de despesas, está o cafezinho gratuito que era oferecido aos funcionários. O mimo gerava “grandes custos e muito desperdício”, diz Chamorro.

Enquanto o mercado automotivo não melhorar, a montadora continuará fazendo lay offs e dando férias coletivas a seus funcionários, afirmou o presidente.

“Iremos usar todas as alternativas”, disse. No acumulado do ano, a venda total de carros no Brasil caiu 19,4% até agosto.

Além disso, a GM quer elevar o nível de preços de seus carros, apesar de considerar que isso é muito difícil no cenário atual. “Com o real desvalorizado, precisamos aumentar os preços”, disse o presidente no evento.

Uma alternativa para as vendas fracas no mercado nacional é aumentar as exportações. As vendas para fora de veículos fabricados no Brasil devem crescer mais de 70% neste ano em relação a 2014, disse o presidente da montadora.

De acordo com ele, serão 60 mil unidades exportadas em 2015, ante 35 mil veículos no ano passado.

Investimentos dobrados

Entretanto, em julho a montadora anunciou que iria dobrar os seus investimentos no Brasil até 2019, de 6 bilhões de reais para 13 bilhões de reais, considerando o cenário a longo prazo.

De acordo com o presidente, o país ainda tem um grande potencial para a indústria automotiva.

“O Brasil vai voltar a crescer, tomara que seja rápido”, brincou ele.

A empresa também está trazendo produtos mais sofisticados para o mercado brasileiro. Ontem, 28, a GM anunciou a chegada do OnStar, um novo serviço de atendimento ao consumidor. 

Inicialmente disponível apenas para o Cruze, o produto conta com vigilância remota e auxílio no caso de roubos e acidentes.

A central de atendimento também pode atuar como concierge, fazendo reservas de restaurantes, por exemplo.

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