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Gol investe na internacionalização, mas descarta vôos transatlânticos

O modelo de negócios de "baixa tarifa, baixo custo" não combina com trajetos longos. Com isso, a América Latina torna-se o único foco

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h38.

A companhia aérea Gol, que até o final do ano passado operava em apenas duas rotas internacionais (Buenos Aires, na Argentina, e Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia), deu uma forte arrancada nesse início de ano. Desde janeiro, foram anunciados seis novos trajetos, sendo dois deles totalmente fora do país: Assunção-Córdoba e Assunção-Buenos Aires. O tráfego internacional de passageiros faz parte dos planos de expansão da Gol, mas a empresa não quer saber de vôos transatlânticos - pelo menos por enquanto. "Esse tipo de viagem exige um outro modelo de negócios, que não é o da Gol", diz o vice-presidente de marketing e serviços da Gol, Tarcísio Gargioni.

Segundo ele, o modelo de negócios da Gol, de "baixa tarifa, baixo custo", não combina com viagens longas, que exigem, inclusive, aeronaves específicas. Mesmo com a possível saída da Varig de algumas rotas internacionais, a Gol não teria interesse em ocupar essa lacuna. "Não trabalhamos com essa hipótese. Nossos planos seguem em frente, independentemente do futuro da Varig", diz o executivo.

Com isso, a América do Sul passa a ser a única alternativa internacional para a Gol. Gargioni diz que a companhia tem condições de voar, dentro de seu modelo de negócios, para qualquer localidade no continente. Segundo o executivo, a estratégia é buscar oportunidades não apenas nas capitais. "Faremos estudos de viabilidade e, se houver demanda e estrutura local, será uma opção para nós. Nosso objetivo é popularizar o transporte na América do Sul até 2010", diz Gargioni.

Ele cita, como exemplo, a cidade de Rosário, na Argentina, onde a Gol opera desde 11 de janeiro - a primeira empresa aérea brasileira a voar para lá. "Esse é o nosso modelo, procurar sempre novas oportunidades", diz. Segundo o Departamento de Aviação Civil (DAC), em janeiro a Gol detinha 3,6% do mercado internacional de passageiros no Brasil.

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