Disney confirma compra da Pixar por 7,4 bilhões de dólares
Com a transação, Steve Jobs, fundador da Pixar, assumirá um acento no conselho de administração da Disney
Da Redação
Publicado em 21 de junho de 2012 às 15h06.
A Disney anunciou formalmente, nesta terça-feira (24/1), a compra do estúdio de animação Pixar, fundado por Steve Jobs. O negócio foi avaliado em 7,4 bilhões de dólares e deve ser concluído até o terceiro trimestre. Pelo acordo, os acionistas da Pixar receberão 2,3 ações da Disney para cada papel da empresa. A transação também envolve a entrada de Jobs no Conselho de Administração da Disney e trocas no comando da empresa que será criada a partir da união da Pixar com a área de animação da Disney.
O atual presidente executivo da Pixar, Ed Catmull, comandará a nova companhia . Ao seu lado, John Lasseter, vice-presidente da empresa, assumirá a área de criação dos estúdios. "Com o acordo, incorporaremos a cultura ímpar da Pixar, que por duas décadas desenvolveu alguns dos mais inovadores e bem-sucedidos filmes da história da animação", afirmou Iger em comunicado divulgado pelas duas companhias.
"As empresas poderão agora colaborar sem nenhuma restrição que pudesse vir de duas organizações independentes, com acionistas distintos", declarou Jobs. "Agora, todos podem se concentrar no que é importante: desenvolver histórias criativas e personagens que encantem milhões de pessoas em todo o mundo", afirmou.
As empresas são parceiras há mais de dez anos. A Disney distribuiu e financiou parte da produção de alguns dos maiores sucessos da Pixar, como Toy Story, Procurando Nemo e Os Incríveis. Dois anos atrás, em meio a divergências com o então presidente da Disney Michael Eisner, Jobs chegou a declarar que desmancharia a sociedade assim que o prazo do acordo terminasse, no fim de 2006, e procuraria outra distribuidora.
Para a Disney, a compra representa uma possibilidade de assegurar produções bem-sucedidas no ramo da animação, um mercado que cresce a cada dia. Seu último lançamento, Chicken Little, ficou aquém das expectativas, alcançando apenas um relativo sucesso. Já Jobs lucra ao aumentar sua influência sobre o mercado de mídia e abrir uma nova fonte de investimentos para a Pixar, capaz de viabilizar novos projetos.