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GM quer acordo com sindicato sobre planos de saúde nos próximos dias

Além de altos custos com assistência médica, General Motors tem agora de lidar com risco de greve na Delphi, sua principal fornecedora de autopeças, concordatária há uma semana

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h41.

A montadora americana General Motors sinalizou ao United Auto Workers, sindicato de trabalhadores do setor automotivo, que um acordo sobre corte de custos com planos de saúde deverá ser alcançado nos próximos dias. Caso contrário, a GM ameaça adotar medidas unilaterais nessa área e em outras. A meta da companhia é baixar em 5,6 bilhões de dólares seus custos com assistência médica dos empregados.

Sindicalistas afirmaram no passado que o objetivo da administração da GM é buscar cortes de 1 bilhão de dólares por ano, e promover alterações em seus planos de previdência privada que eliminem 20 bilhões de dólares em assistência médica de aposentados da empresa.

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Analistas ouvidos pelo diário americano The Wall Street Journal afirmam que a montadora poderá alegar que não é obrigada por lei a oferecer os mesmos benefícios tanto para trabalhadores da ativa quanto para aposentados, como faz atualmente.

Paralelamente, cresceu a tensão entre o sindicato e a Delphi, maior fornecedora de autopeças da GM, que entrou em recuperação judicial no sábado passado. A empresa, antiga divisão da General Motors, apresentou como parte de seu plano de reestruturação um corte de 70% dos salários e benefícios de 33 000 trabalhadores horistas. "Não se pode ter uma economia do automóvel com salários de bicicleteiros", disse Ron Gettelfinger, presidente do sindicato.

Analistas esperam que a GM anuncie segunda-feira novo prejuízo para o terceiro trimestre. O anúncio poderá vir acompanhado de detalhes do plano de corte de custos. No primeiro semestre de 2005, o prejuízo acumulado da montadora foi de 2,5 bilhões de dólares.

O colapso da Delphi é a mais recente dor de cabeça para Rick Wagoner, presidente executivo e do conselho de administração da GM. O receio agora, diz o Wall Street, é que tensões trabalhistas na Delphi -- e eventualmente uma greve -- interrompam o fornecimento de peças para suas linhas de montagem.

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