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Murdoch retira oferta de compra pela BSkyB, diz Sky News

O Reino Unido estava pressionando pela retirada da oferta por causa dos escândalos das escutas telefônicas ilegais do dominical News of the World

O magnata Rupert Murdoch: sua empresa News Corp manterá sua atual participação de 39% na BSkyB
 (Andrew Cowie/AFP)

O magnata Rupert Murdoch: sua empresa News Corp manterá sua atual participação de 39% na BSkyB (Andrew Cowie/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2011 às 12h19.

Londres - A companhia News Corporation do magnata Rupert Murdoch retirou nesta quarta-feira sua oferta de compra da totalidade das ações do canal britânico BSkyB diante das crescentes reservas no Reino Unido, segundo informou a rede Sky News.

O anúncio ocorre horas antes da Câmara dos Comuns britânica votar uma moção, respaldada pelos principais partidos, que pede a Murdoch que retire sua oferta por causa dos escândalos das escutas telefônicas ilegais do dominical "News of the World".

O Partido Conservador e o Liberal democrata, que integram o Governo britânico de coalizão, anunciaram na terça-feira seu apoio a essa moção, apresentada pelos trabalhistas.

Em comunicado, o vice-presidente da News Corporation, Chase Carey, diz que "é evidente que é muito difícil progredir neste entorno".

No entanto, a empresa radicada nos Estados Unidos manterá sua atual participação de 39% na "BSkyB".

Antes do escândalo dos grampos telefônicos do "News of the World", a intenção de Murdoch de fazer-se com 100% das ações da companhia já tinha levantado fortes reservas no Reino Unido pelo risco de monopólio.

News International, propriedade de News Corporation, possui entre outras cabeceiras os jornais britânicos "The Times" e "The Sun", além do "News of the World", que deixou de ser publicado no domingo passado pela crise das escutas ilegais, praticadas de 2002 a 2006.

O escândalo das escutas ilegais explodiu em 2006, mas na semana passada se amplificou com a divulgação que, entre outros, foram grampeados os telefones de uma menina assassinada, familiares de soldados mortos em combate e de vítimas do terrorismo.

Além disso, nesta semana se denunciou que outros jornais de Murdoch tentaram espionar o ex-primeiro-ministro do Reino Unido Gordon Brown e à rainha da Inglaterra, o que causou uma forte indignação no Reino Unido.

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