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Mudança de Neymar mostra que sistema está errado, diz federação

FIFPro está fazendo lobby na UE para proibir taxas de transferência que afirma concentrarem poder nas mãos de alguns poucos clubes muito rico

Neymar: FIFPro argumenta que os times dominantes blindam sua posição no mercado inflando as taxas de transferência (Christian Hartmann/Reuters)

Neymar: FIFPro argumenta que os times dominantes blindam sua posição no mercado inflando as taxas de transferência (Christian Hartmann/Reuters)

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Reuters

Publicado em 4 de agosto de 2017 às 11h28.

A multa rescisória de 222 milhões de euros que o Paris Saint-Germain pagou para comprar Neymar do Barcelona mostra o quão equivocado é o sistema de transferências, disse a Federação Internacional dos Jogadores Profissionais de Futebol (FIFPro) nesta sexta-feira.

A FIFPro está fazendo lobby na União Europeia para proibir taxas de transferência que afirma concentrarem poder nas mãos de alguns poucos clubes muito ricos em detrimento da maioria dos jogadores e do próprio esporte.

"O recorde mundial de transferência do brasileiro Neymar do Barcelona para o Paris Saint-Germain é o exemplo mais recente de como o futebol é cada vez mais o domínio de um grupo seleto de clubes ricos e majoritariamente sediados na Europa", disse o secretário-geral da FIFPro, Theo van Seggelen, em um comunicado.

A FIFPro argumenta que os times dominantes blindam sua posição no mercado inflando as taxas de transferência, e com isso criam obstáculos para que outros clubes compitam com eles.

"A riqueza enorme do futebol está restrita, mostra uma pesquisa, a algumas ligas e clubes, quando poderia ser redistribuída mais eficaz e justamente para ajudar a proteger o equilíbrio competitivo", disse Van Seggelen.

"As regras de transferência governadas pela Fifa são anticompetitivas, injustificadas e ilegais", afirmou, acrescentando que são necessárias mudanças "para proteger os direitos dos jogadores e salvaguardar os melhores interesses do esporte".

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