MRV quer ganhar mercado no Nordeste e intensifica compras
A construtora e incorporadora mineira destinará 150 milhões de reais em 2016 e 2017 --o dobro do biênio anterior-- para adquirir terrenos no Nordeste
Da Redação
Publicado em 2 de dezembro de 2015 às 09h43.
Rio de Janeiro - A MRV Engenharia vai intensificar a compra de terrenos no próximo biênio com foco na região Nordeste , aproveitando a crise do mercado imobiliário para pagar preços menores nas áreas, segundo um dos principais executivos da companhia.
A construtora e incorporadora mineira destinará 150 milhões de reais em 2016 e 2017 --o dobro do biênio anterior-- para adquirir terrenos no Nordeste.
Para todo o país, estão previstos 500 milhões de reais para esse fim, disse à Reuters o co-presidente da MRV Rafael Menin.
O objetivo da empresa focada na população de baixa renda é ter uma maior participação de mercado no Nordeste, que representa 15 por cento dos negócios da companhia, e aumentar o lançamento de 7 mil para 9 mil apartamentos anuais, disse o executivo.
Ele espera lançamentos relevantes no Nordeste, onde a empresa atua em 17 cidades, já no próximo ano.
"A gente fez um estudo potencial de todas as cidades onde a gente atua no Nordeste e podemos ultrapassar 20 por cento de participação nos nossos negócios, se os investimentos forem efetivos, no final do biênio ou um pouco antes", disse Menin.
Assim, a participação de mercado da companhia na região passaria dos atuais 20 por cento para um intervalo de 27 a 30 por cento em termos de vendas, estima o executivo.
O Nordeste é a região que tem mais espaço de crescimento para a MRV no Brasil, segundo o executivo, mencionando que as vendas no Triângulo Mineiro, no Estado de origem do grupo, são maiores do que em Salvador, umas das capitais mais importantes do país.
Menin disse que a MRV está mais agressiva na aquisição de terrenos no Nordeste para fortalecer um banco de terrenos "menos robusto" do que a empresa possui em outras localidades e aproveitando os preços mais baixos.
O recuo nas vendas e lançamentos imobiliários afetou o setor de terrenos. Com exceção de Rio de Janeiro e São Paulo, no resto do Brasil é possível, em alguns casos, encontrar no momento preços até 20 por cento mais baratos do que um ano atrás, segundo o executivo.
Para se posicionar como mais agressiva do que outras construtoras e incorporadoras, a MRV tem optado mais pelo pagamento de terrenos em dinheiro em vez de permutas.
"Quando a gente usa dinheiro, consegue qualificar o 'landbank' (banco de terrenos) com terrenos mais centrais, a legalização é mais rápida", disse o executivo.
Cerca de metade da compra de terrenos da MRV ainda é feita por permutas. Neste caso, o dono do terreno pode receber unidades prontas no fim da obra ou uma fatia das vendas. Para não prejudicar a geração de caixa, no entanto, a empresa está parcelando os pagamentos pelos terrenos.
Além do Nordeste, a MRV vai se focar na compra de terrenos nas capitais do Brasil, disse Menin, mencionando cidades como Curitiba e Porto Alegre, além de Belo Horizonte.
Em São Paulo, a região com maior volume de investimentos da empresa, os recursos para terrenos no próximo biênio devem ser "um pouco mais que isso ou nesta ordem de grandeza", disse o executivo, em referência aos 150 milhões de reais previstos para o Nordeste.
Rio de Janeiro - A MRV Engenharia vai intensificar a compra de terrenos no próximo biênio com foco na região Nordeste , aproveitando a crise do mercado imobiliário para pagar preços menores nas áreas, segundo um dos principais executivos da companhia.
A construtora e incorporadora mineira destinará 150 milhões de reais em 2016 e 2017 --o dobro do biênio anterior-- para adquirir terrenos no Nordeste.
Para todo o país, estão previstos 500 milhões de reais para esse fim, disse à Reuters o co-presidente da MRV Rafael Menin.
O objetivo da empresa focada na população de baixa renda é ter uma maior participação de mercado no Nordeste, que representa 15 por cento dos negócios da companhia, e aumentar o lançamento de 7 mil para 9 mil apartamentos anuais, disse o executivo.
Ele espera lançamentos relevantes no Nordeste, onde a empresa atua em 17 cidades, já no próximo ano.
"A gente fez um estudo potencial de todas as cidades onde a gente atua no Nordeste e podemos ultrapassar 20 por cento de participação nos nossos negócios, se os investimentos forem efetivos, no final do biênio ou um pouco antes", disse Menin.
Assim, a participação de mercado da companhia na região passaria dos atuais 20 por cento para um intervalo de 27 a 30 por cento em termos de vendas, estima o executivo.
O Nordeste é a região que tem mais espaço de crescimento para a MRV no Brasil, segundo o executivo, mencionando que as vendas no Triângulo Mineiro, no Estado de origem do grupo, são maiores do que em Salvador, umas das capitais mais importantes do país.
Menin disse que a MRV está mais agressiva na aquisição de terrenos no Nordeste para fortalecer um banco de terrenos "menos robusto" do que a empresa possui em outras localidades e aproveitando os preços mais baixos.
O recuo nas vendas e lançamentos imobiliários afetou o setor de terrenos. Com exceção de Rio de Janeiro e São Paulo, no resto do Brasil é possível, em alguns casos, encontrar no momento preços até 20 por cento mais baratos do que um ano atrás, segundo o executivo.
Para se posicionar como mais agressiva do que outras construtoras e incorporadoras, a MRV tem optado mais pelo pagamento de terrenos em dinheiro em vez de permutas.
"Quando a gente usa dinheiro, consegue qualificar o 'landbank' (banco de terrenos) com terrenos mais centrais, a legalização é mais rápida", disse o executivo.
Cerca de metade da compra de terrenos da MRV ainda é feita por permutas. Neste caso, o dono do terreno pode receber unidades prontas no fim da obra ou uma fatia das vendas. Para não prejudicar a geração de caixa, no entanto, a empresa está parcelando os pagamentos pelos terrenos.
Além do Nordeste, a MRV vai se focar na compra de terrenos nas capitais do Brasil, disse Menin, mencionando cidades como Curitiba e Porto Alegre, além de Belo Horizonte.
Em São Paulo, a região com maior volume de investimentos da empresa, os recursos para terrenos no próximo biênio devem ser "um pouco mais que isso ou nesta ordem de grandeza", disse o executivo, em referência aos 150 milhões de reais previstos para o Nordeste.