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MRV pode não atingir estimativas traçadas para 2012

Companhia mineira acumula vendas de 2,784 bilhões de reais nos nove primeiros meses do ano, equivalentes a pouco mais da metade do ponto médio da projeção da companhia

Empresa tem o desafio de vender 1,7 bilhão de reais nos três últimos meses do ano, a fim de cumprir o piso da estimativa traçada (Germano Lüders/Exame)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de novembro de 2012 às 11h46.

São Paulo - A MRV Engenharia pode não alcançar as projeções traçadas para o fechado de 2012, em meio a um cenário mais desafiador para o setor imobiliário, mas optou por não revisar as estimativas.

"Ainda existe possibilidade de atingir o piso (da previsão de vendas). Pode ser que não atinja, que fique um pouco abaixo... mas vai bater na trave", disse o presidente-executivo da construtora e incorporadora, Rubens Menin, em teleconferência nesta sexta-feira.

A companhia mineira acumula vendas de 2,784 bilhões de reais nos nove primeiros meses do ano, equivalentes a pouco mais da metade do ponto médio da projeção da companhia para 2012, de vender entre 4,5 bilhões e 5,5 bilhões de reais.

Com isso, a empresa tem o desafio de vender 1,7 bilhão de reais nos três últimos meses do ano, a fim de cumprir o piso da estimativa traçada, ou o equivalente a quase 43 por cento do mínimo da meta anual.

"O quarto trimestre é naturalmente mais forte... já está sendo e será muito melhor que o terceiro", afirmou Menin, assinalando que a MRV não tem histórico de revisar projeções ao longo dos anos. "Não vamos mexer no 'guidance' ainda." A previsão de fechar 2012 com margem Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) entre 24 e 28 por cento também pode não ser cumprida. Até setembro, a margem está acumulada em 19,6 por cento.


Segundo o executivo, tal número depende da conclusão da operação de capitalização da MRV Log, subsidiária de propriedades comerciais e industriais.

"Se essa operação sair ainda este ano, o 'guidance' (de margem Ebitda) provavelmente será atingido, mas, se ficar para o ano que vem, não vamos atingir", disse Menin.

O vice-presidente financeiro da MRV, Leonardo Corrêa, acrescentou que estão em andamento negociações com investidores para participar da operação, mas que a possibilidade de conclusão neste ano "é baixa". "O objetivo é ter um sócio... para a Log caminhar com as próprias pernas", disse.

A empresa divulgou na véspera queda anual de 27,8 por cento no lucro do terceiro trimestre, a 151 milhões de reais, enquanto na comparação com o segundo trimestre deste ano houve alta de 3,6 por cento.

Para o atual trimestre, que tradicionalmente é mais forte para o setor, a companhia está confiante de que os ajustes no programa Minha Casa, Minha Vida --anunciados em outubro-- contribuam para um melhor desempenho.

"A maioria das empresas saiu do programa, mas a MRV vai continuar... esperamos assinar mais 10 mil contratos em novembro e dezembro, chegando a 100 mil unidades contratadas junto à Caixa (Econômica Federal)", afirmou Menin.

As ações da MRV se valorizavam em 3,04 por cento às 12h36, enquanto o Ibovespa caía 0,16 por cento.

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São Paulo - A MRV Engenharia pode não alcançar as projeções traçadas para o fechado de 2012, em meio a um cenário mais desafiador para o setor imobiliário, mas optou por não revisar as estimativas.

"Ainda existe possibilidade de atingir o piso (da previsão de vendas). Pode ser que não atinja, que fique um pouco abaixo... mas vai bater na trave", disse o presidente-executivo da construtora e incorporadora, Rubens Menin, em teleconferência nesta sexta-feira.

A companhia mineira acumula vendas de 2,784 bilhões de reais nos nove primeiros meses do ano, equivalentes a pouco mais da metade do ponto médio da projeção da companhia para 2012, de vender entre 4,5 bilhões e 5,5 bilhões de reais.

Com isso, a empresa tem o desafio de vender 1,7 bilhão de reais nos três últimos meses do ano, a fim de cumprir o piso da estimativa traçada, ou o equivalente a quase 43 por cento do mínimo da meta anual.

"O quarto trimestre é naturalmente mais forte... já está sendo e será muito melhor que o terceiro", afirmou Menin, assinalando que a MRV não tem histórico de revisar projeções ao longo dos anos. "Não vamos mexer no 'guidance' ainda." A previsão de fechar 2012 com margem Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) entre 24 e 28 por cento também pode não ser cumprida. Até setembro, a margem está acumulada em 19,6 por cento.


Segundo o executivo, tal número depende da conclusão da operação de capitalização da MRV Log, subsidiária de propriedades comerciais e industriais.

"Se essa operação sair ainda este ano, o 'guidance' (de margem Ebitda) provavelmente será atingido, mas, se ficar para o ano que vem, não vamos atingir", disse Menin.

O vice-presidente financeiro da MRV, Leonardo Corrêa, acrescentou que estão em andamento negociações com investidores para participar da operação, mas que a possibilidade de conclusão neste ano "é baixa". "O objetivo é ter um sócio... para a Log caminhar com as próprias pernas", disse.

A empresa divulgou na véspera queda anual de 27,8 por cento no lucro do terceiro trimestre, a 151 milhões de reais, enquanto na comparação com o segundo trimestre deste ano houve alta de 3,6 por cento.

Para o atual trimestre, que tradicionalmente é mais forte para o setor, a companhia está confiante de que os ajustes no programa Minha Casa, Minha Vida --anunciados em outubro-- contribuam para um melhor desempenho.

"A maioria das empresas saiu do programa, mas a MRV vai continuar... esperamos assinar mais 10 mil contratos em novembro e dezembro, chegando a 100 mil unidades contratadas junto à Caixa (Econômica Federal)", afirmou Menin.

As ações da MRV se valorizavam em 3,04 por cento às 12h36, enquanto o Ibovespa caía 0,16 por cento.

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