O preço médio de venda por unidade atingiu 112 mil reais no trimestre, aumento de 7 por cento sobre os 105 mil reais em 2010 (LEO DRUMOND)
Da Redação
Publicado em 25 de abril de 2011 às 22h37.
São Paulo - A MRV Engenharia divulgou nesta quarta-feira que teve vendas contratadas de 830,8 milhões de reais no primeiro trimestre, alta de 13,4 por cento na comparação anual.
Trata-se do melhor desempenho para os meses de janeiro a março da história da construtora e incorporadora.
No primeiro trimestre foram vendidas 7.421 unidades, segundo a companhia, sendo 85 por cento delas elegíveis ao programa habitacional do governo "Minha Casa, Minha Vida".
O preço médio de venda por unidade atingiu 112 mil reais no trimestre, aumento de 7 por cento sobre os 105 mil reais de janeiro a março de 2010.
Cerca de metade das vendas ocorreu no Estado de São Paulo. Outros Estados com peso superior a 10 por cento das vendas no primeiro trimestre foram Minas Gerais, onde fica a sede da companhia, e Ceará.
A velocidade de vendas --relação entre a comercialização e a oferta de imóveis-- foi de 21 por cento no primeiro trimestre, a menor desde o terceiro trimestre de 2008. No primeiro trimestre do ano passado, o indicador havia ficado em 33 por cento.
"Desde o final do ano passado viemos alterando a nossa estratégia, aumentando o volume de estoques, e isso tem provocado a queda da velocidade de vendas", disse à Reuters, por telefone, o vice-presidente financeiro da MRV, Leonardo Corrêa.
"Temos um 'guidance' de vendas contratadas mantido. O mercado está bom, o mercado está forte. Queremo um nível de estoque maior para poder administrar melhor a oferta", disse.
A MRV mantém a meta para 2011 de vendas contratadas de 4,3 bilhões a 4,7 bilhões de reais.
LANÇAMENTOS
Os lançamentos de imóveis pela MRV nos três primeiros meses de 2011 totalizaram 1,04 bilhão de reais, crescimento de 72,1 por cento sobre um ano antes. Em unidades, foram 8.214 residências, sendo que 70 por cento se enquadram no "Minha Casa, Minha Vida".
O banco de terrenos da MRV estava em 14,1 bilhões de reais no encerramento de março, acima dos 10,9 bilhões de reais um ano antes e dos 13,6 bilhões de reais em dezembro de 2010. Oitenta e seis por cento dos terrenos são para o desenvolvimento de imóveis na faixa de 80 mil a 130 mil reais, de acordo com a empresa.