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Morre empresário Alcides Parizzoto, fundador do Atacadão e da Inpar

A informação foi confirmada por familiares, e a causa da morte não foi divulgada até o momento

Alcides Parizzoto: o empresário fundou o Atacadão em 1962, no Paraná (LIA LUBAMBO/Divulgação)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de outubro de 2021 às 12h06.

Última atualização em 27 de outubro de 2021 às 12h14.

O empresário gaúcho Alcides Parizzoto, fundador da rede de supermercados Atacadão e da construtora Inpar , morreu na terça-feira, 26. A informação foi confirmada por familiares, e a causa da morte não foi divulgada até o momento. O velório está sendo realizado nesta quarta-feira na cidade de São Paulo.

Parizzoto fundou o Atacadão em 1962, no Paraná. A empresa começou como um pequeno armazém de secos e molhados que vendia cereais, queijos, sardinha, vinhos, banha e outros gêneros alimentícios. Nessa época, Parizzoto morava em uma sala nos fundos do mesmo galpão onde guardava os produtos. Dez anos mais tarde, o Atacadão abriu o primeiro armazém em São Paulo, que acabou se tornando a cidade-sede do grupo.

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Aos poucos, o empresário foi moldando o negócio conhecido como "atacarejo", com lojas caracterizadas pelos custos enxutos, gôndolas industriais e mercadorias a preços mais baixos. O negócio bem-sucedido de alimentos foi vendido em 1991 para a família Lima e os executivos Farid Curi e Herberto Uli Schmeil. Já em 2007, o Carrefour pagou 2,2 bilhões de reais (valor nominal, sem correção monetária) pela rede de 34 lojas.

Com o dinheiro da venda do Atacadão, Parizzoto fundou em 1991 a construtora Inpar, que chegou a ser referência no mercado imobiliário paulistano. Na década seguinte, a Inpar levantou 750 milhões de reais na oferta inicial de ações, uma das primeiras empresas do setor a entrar na bolsa.

A partir de 2008, durante a crise financeira mundial, a Inpar sofreu com a retração do mercado, e os cerca de 100 investidores estrangeiros que tinham apostado na empresa venderam seus papéis. Estremecida, a empresa acabou vendida por Parizzoto para o fundo americano Paladin, que iniciou uma megareestruturação e mudou o nome a construtora para Viver.

Mas a companhia nunca mais foi a mesma. Em 2016, ela também foi a primeira construtora listada na bolsa a entrar em recuperação judicial, em meio à crise dos distratos. O processo foi concluído neste ano.

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