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Moro determina soltura de executivos da Odebrecht

No entanto, o juiz federal manteve detido o ex-presidente da empreiteira Marcelo Odebrecht

Odebrecht: o dois foram beneficiados, segundo a fonte, pelo acordo assinado pela Odebrecht no início de dezembro com a força-tarefa da Lava Jato
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Reuters

Publicado em 20 de dezembro de 2016 às 15h43.

Rio de Janeiro - O juiz federal Sérgio Moro determinou a soltura de dois executivos da Odebrecht que estavam presos no âmbito da operação Lava Jato, mas manteve detido o ex-presidente da empreiteira Marcelo Odebrecht, disse nesta terça-feira uma fonte com conhecimento direto do assunto.

Em despacho mantido sob sigilo, Moro mandou soltar os executivos Olívio Júnior e Luiz Eduardo Soares, que estavam presos desde uma fase da Lava Jato em março que teve como foco um departamento da empreiteira supostamente responsável por pagamento de propinas, de acordo com a fonte.

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Ambos foram beneficiados, segundo a fonte, pelo acordo assinado pela Odebrecht no início de dezembro com a força-tarefa da Lava Jato, no qual a empreiteira aceitou pagar multa de 6,7 bilhões de reais e vários executivos concordaram em fazer delações.

Com a decisão de Moro, o único executivo da empreiteira que permanecerá preso é o ex-presidente da empresa Marcelo Odebrecht, que já foi condenado a 19 anos de prisão em uma ação penal da Lava Jato.

Marcelo Odebrecht está detido em Curitiba desde junho de 2015.

A delação da Odebrecht, maior empreiteira da América Latina, tem sido apontada como uma das mais aguardadas da Lava Jato eque tem potencial de provocar abalos ainda maiores no cenário político nacional.

Nas investigações da Lava Jato, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal encontraram uma planilha que, afirmam, indica pagamentos feitos pela empreiteira a políticos de vários partidos.

Vazamentos de uma das delações, do ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht Claudio Melo Filho, citaram recursos repassados a líderes peemedebistas, incluindo o presidente Michel Temer e assessores próximos. Temer e outros políticos citados negam ter cometido qualquer irregularidade.

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