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Moody's volta a atribuir grau de investimento à Vale após mais de 2 anos

Para agência, medida reflete melhoria dos indicadores de crédito da empresa, apoiada pelo melhor perfil de produção e redução nos níveis de endividamento

Vale: agência citou ainda que iniciativas de redução da dívida da Vale diminuíram significativamente a alavancagem (REUTERS/Sérgio Moraes/Reuters)

Vale: agência citou ainda que iniciativas de redução da dívida da Vale diminuíram significativamente a alavancagem (REUTERS/Sérgio Moraes/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de julho de 2018 às 20h51.

Última atualização em 23 de julho de 2018 às 21h51.

São Paulo - A Moody's elevou de Ba1 para Baa3 o rating em moeda estrangeira da Vale. A nota indica que a mineradora voltou a ter grau de investimento pela agência de classificação de risco, um selo perdido em fevereiro de 2016. A perspectiva é estável.

De acordo com a Moody's, a elevação do rating da Vale reflete a melhoria das métricas de crédito da empresa, diante da melhora do perfil de produção e da redução nos níveis de endividamento. A perspectiva estável, por sua vez, reflete a expectativa da manutenção destes aspectos.

"A conclusão do projeto S11D possibilitou um aumento substancial na produção de baixo custo, ao passo que o aumento do foco no blending de minério de ferro de melhor qualidade e maiores prêmios deram suporte à lucratividade da empresa. A geração de fluxos de caixas mais fortes e os investimentos de capital menores em comparação com os registrados antes de 2016 resultaram em fluxos de caixas livres positivos, que esperamos que serão mantidos até 2020 se os preços do minério de ferro continuarem dentro dos nossos níveis de sensibilidade de preços no médio prazo (US$45-US$75/tonelada)", afirmou o relatório da Moody's.

Segundo a agência de risco, a elevação da nota da Vale também incorpora o acordo assinado em 25 de junho entre a mineradora, a BHP e as autoridades brasileiras para dirimir os danos causados pelo rompimento da barragem do Fundão, da Samarco.

"Embora a Samarco e seus acionistas possam incorrer montantes superiores aos já contemplados pelas provisões, o novo acordo reduz significativamente riscos de liquidez e de métricas de crédito, quando comparados aos valores estabelecidos inicialmente", comentou a Moody's.

 

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