Monteiro de Carvalho aposta em fertilizante
A Geociclo acaba de inaugurar a segunda fase da unidade, em Uberlândia
Da Redação
Publicado em 9 de fevereiro de 2015 às 10h25.
São Paulo - Dois anos depois de construir a primeira fábrica de fertilizante organomineral no Brasil, a Geociclo - empresa criada pelo empresário carioca Olavo Egydio Monteiro de Carvalho - acaba de inaugurar a segunda fase da unidade, em Uberlândia.
Até o ano que vem, a planta, que recebeu quase R$ 100 milhões de investimentos desde a sua criação, vai quase triplicar a atual produção, de 40 mil toneladas para 140 mil toneladas por ano.
A empresa é resultado da persistência de Monteiro de Carvalho, conhecido pela diversidade nos negócios. Além de presidir o conselho de administração do grupo Monteiro Aranha (acionista da Klabin e do Grupo Ultra), ele também participou da agência Rio Negócios (que tem o objetivo de usar a Olimpíada para atrair investimentos para a cidade) e faz parte da diretoria do clube de futebol Vasco da Gama. Também cria gado nelore e cavalo manga-larga marchador.
A mais recente empreitada do empresário foi a criação da Geociclo. Tudo começou com uma experiência que tentava transformar lodo em fertilizantes. A receita não deu certo, mas a ideia foi adiante até encontrarem a fórmula para o Geofert, fertilizante que promete aumentar a produtividade agrícola em, no mínimo, 20%.
Desde a inauguração, em setembro de 2012, a empresa passou por uma série de mudanças, como a entrada de novos acionistas. No fim de 2013, os fundos de private equity Performa Key (da Performance Investimentos e Key Associados) e Mantiq (ligado ao banco Santander) injetaram R$ 70 milhões no empreendimento e passaram a deter 60% do capital da Geociclo (40% da Mantik e 20% a Performa).
A chegada dos novos investidores exigiu uma reestruturação da empresa, que passou a ter uma gestão profissional e novos critérios de governança corporativa. O primeiro passo foi contratar um profissional do mercado para ocupar a presidência executiva da empresa. O escolhido foi Wellington Colombo, que já passou por CSN, Anglo American e Vale.
Hoje, a Geociclo tem 140 funcionários - começou com 20. No início, a equipe da empresa era especialmente voltada para pesquisa, mas conforme o produto foi se tornando conhecido no mercado, a demanda aumentou e exigiu reforço de mão de obra.
"A procura pelo produto tem sido muito forte. Hoje temos 76 clientes no setor sucroalcooleiro, de café, milho, soja e de hortifrúti", afirma o presidente do conselho de administração da empresa, Ernani Judice, cofundador da companhia.
Ele explica que o fertilizante pode ser produzido com resíduos de diferentes tipos de indústria. Mas hoje a empresa tem usado mais a "torta de filtro de cana", um subproduto obtido na fabricação do açúcar e que tem bastante oferta no mercado.
"Resolvemos o problema das usinas que precisam se livrar desse resíduo, conseguimos a matéria-prima e depois vendemos o fertilizante para eles usarem no plantio da cana."
Quase toda a capacidade prevista para 2015 já está contratada e novos negócios estão em andamento para 2016. De olho nos mercados da Bahia, Goiás e São Paulo, além de Minas Gerais - cujo potencial é da ordem de 3 milhões de toneladas -, a empresa montou uma equipe comercial para capturar novos clientes, afirma Colombo. Afinal, antes mesmo de esgotar a capacidade da expansão da fábrica de Uberlândia, a Geociclo já planeja a abertura de duas novas unidades.
"No momento estamos avaliando localizações para a construção", afirma Ernani Judice. Uma das possibilidades é Goianésia (GO), onde há usinas de açúcar e álcool. São Paulo, maior produtor sucroalcooleiro do País, também está no radar da companhia.
"Mas a escolha depende de uma série de fatores, acordos e condições dos Estados", diz o executivo. A segunda fábrica deverá exigir investimentos entre R$ 85 milhões e R$ 100 milhões.
Segundo Monteiro de Carvalho, haverá necessidade de nova captação para fazer frente à expansão dos negócios. "Mas já temos alguns grupos internacionais com interesse no investimento." Segundo ele, além de diversificar a base de clientes nas culturas de café, milho, grãos e hortifrúti, a empresa está iniciando testes para aumentar a produtividade no setor pecuário.
A ideia é recuperar área de solo degradado e elevar a capacidade por hectare. Ou seja, aumentar a quantidade de gado numa determinada área e reduzir o desmatamento.
"Apresentamos o projeto para a ministra (Izabella Teixeira, do Meio Ambiente) e ela demonstrou bastante interesse", diz o empresário. Até agora há cerca de 25 experimentos em áreas de pastagens.
Outra novidade da empresa é o lançamento da linha Geofert Premium, uma evolução do fertilizante organomineral, que tende a aumentar ainda mais o desenvolvimento da planta. O produto demorou mais de um ano para ser desenvolvido e será lançado dentro de dois meses. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
São Paulo - Dois anos depois de construir a primeira fábrica de fertilizante organomineral no Brasil, a Geociclo - empresa criada pelo empresário carioca Olavo Egydio Monteiro de Carvalho - acaba de inaugurar a segunda fase da unidade, em Uberlândia.
Até o ano que vem, a planta, que recebeu quase R$ 100 milhões de investimentos desde a sua criação, vai quase triplicar a atual produção, de 40 mil toneladas para 140 mil toneladas por ano.
A empresa é resultado da persistência de Monteiro de Carvalho, conhecido pela diversidade nos negócios. Além de presidir o conselho de administração do grupo Monteiro Aranha (acionista da Klabin e do Grupo Ultra), ele também participou da agência Rio Negócios (que tem o objetivo de usar a Olimpíada para atrair investimentos para a cidade) e faz parte da diretoria do clube de futebol Vasco da Gama. Também cria gado nelore e cavalo manga-larga marchador.
A mais recente empreitada do empresário foi a criação da Geociclo. Tudo começou com uma experiência que tentava transformar lodo em fertilizantes. A receita não deu certo, mas a ideia foi adiante até encontrarem a fórmula para o Geofert, fertilizante que promete aumentar a produtividade agrícola em, no mínimo, 20%.
Desde a inauguração, em setembro de 2012, a empresa passou por uma série de mudanças, como a entrada de novos acionistas. No fim de 2013, os fundos de private equity Performa Key (da Performance Investimentos e Key Associados) e Mantiq (ligado ao banco Santander) injetaram R$ 70 milhões no empreendimento e passaram a deter 60% do capital da Geociclo (40% da Mantik e 20% a Performa).
A chegada dos novos investidores exigiu uma reestruturação da empresa, que passou a ter uma gestão profissional e novos critérios de governança corporativa. O primeiro passo foi contratar um profissional do mercado para ocupar a presidência executiva da empresa. O escolhido foi Wellington Colombo, que já passou por CSN, Anglo American e Vale.
Hoje, a Geociclo tem 140 funcionários - começou com 20. No início, a equipe da empresa era especialmente voltada para pesquisa, mas conforme o produto foi se tornando conhecido no mercado, a demanda aumentou e exigiu reforço de mão de obra.
"A procura pelo produto tem sido muito forte. Hoje temos 76 clientes no setor sucroalcooleiro, de café, milho, soja e de hortifrúti", afirma o presidente do conselho de administração da empresa, Ernani Judice, cofundador da companhia.
Ele explica que o fertilizante pode ser produzido com resíduos de diferentes tipos de indústria. Mas hoje a empresa tem usado mais a "torta de filtro de cana", um subproduto obtido na fabricação do açúcar e que tem bastante oferta no mercado.
"Resolvemos o problema das usinas que precisam se livrar desse resíduo, conseguimos a matéria-prima e depois vendemos o fertilizante para eles usarem no plantio da cana."
Quase toda a capacidade prevista para 2015 já está contratada e novos negócios estão em andamento para 2016. De olho nos mercados da Bahia, Goiás e São Paulo, além de Minas Gerais - cujo potencial é da ordem de 3 milhões de toneladas -, a empresa montou uma equipe comercial para capturar novos clientes, afirma Colombo. Afinal, antes mesmo de esgotar a capacidade da expansão da fábrica de Uberlândia, a Geociclo já planeja a abertura de duas novas unidades.
"No momento estamos avaliando localizações para a construção", afirma Ernani Judice. Uma das possibilidades é Goianésia (GO), onde há usinas de açúcar e álcool. São Paulo, maior produtor sucroalcooleiro do País, também está no radar da companhia.
"Mas a escolha depende de uma série de fatores, acordos e condições dos Estados", diz o executivo. A segunda fábrica deverá exigir investimentos entre R$ 85 milhões e R$ 100 milhões.
Segundo Monteiro de Carvalho, haverá necessidade de nova captação para fazer frente à expansão dos negócios. "Mas já temos alguns grupos internacionais com interesse no investimento." Segundo ele, além de diversificar a base de clientes nas culturas de café, milho, grãos e hortifrúti, a empresa está iniciando testes para aumentar a produtividade no setor pecuário.
A ideia é recuperar área de solo degradado e elevar a capacidade por hectare. Ou seja, aumentar a quantidade de gado numa determinada área e reduzir o desmatamento.
"Apresentamos o projeto para a ministra (Izabella Teixeira, do Meio Ambiente) e ela demonstrou bastante interesse", diz o empresário. Até agora há cerca de 25 experimentos em áreas de pastagens.
Outra novidade da empresa é o lançamento da linha Geofert Premium, uma evolução do fertilizante organomineral, que tende a aumentar ainda mais o desenvolvimento da planta. O produto demorou mais de um ano para ser desenvolvido e será lançado dentro de dois meses. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.