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Mesmo com Uniban, Anhanguera mantém plano de aquisições

Alexandre Dias, presidente da empresa, afirmou que transações podem acontecer, apesar de o foco ser a integração das operações

Anhanguera: grupo fez a maior transação do setor com a compra da Uniban (Germano Luders)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2011 às 11h58.

São Paulo – Desde 2006, a Anhanguera Educacional comprou cerca de 40 instituições de ensino superior. A aquisição da Uniban, anunciada nesta segunda-feira, foi a maior transação do setor, por 510 milhões de reais.

“A operação representa um marco de consolidação do setor. Agora o foco é trabalhar na integração das operações e capitalizar sinergias com a Uniban”, diz Alexandre Dias, presidente do grupo Anhanguera. Ele não descarta, no entanto, outras aquisições. “Podem existir sim, mas serão pequenas e poucas.”

As compras da Uniban foram divididas em dois ciclos. O primeiro deles, entre 2006 e 2008, quando a rede adquiriu cerca de 30 instituições, trazendo 150.000 alunos. O segundo ciclo aconteceu nos últimos nove meses com a compra de mais nove redes – entre elas a Uniban – num total de 100.000 alunos. Só o grupo paulistano trouxe 55.000 estudantes.

As conversas começaram há cerca de um ano entre o reitor e fundador da Uniban, Heitor Pinto Filho, e o presidente do conselho de administração do Anhanguera, Antonio Carbonari, com quem trabalhou no início da fundação da Uniban nos anos 70.

“Estávamos discutindo como melhorar a educação no país”, diz Heitor, que passará a ser um consultor da Anhanguera nos próximos quatro anos para ajudar no processo de integração. “Essa operação dá uma força enorme. Isso facilita, por exemplo, para discutir portarias com o MEC.”

A integração deve levar entre 3 a 4 anos. Ainda será preciso, como todas as outras aquisições, da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), o que não será um problema, acredita Alexandre. “O setor de educação ainda é pulverizado. A Anhanguera tinha 5% do mercado e agora com a Uniban fica com 8%.”

O limite é a fronteira

O grupo Anhanguera se tornou uma das maiores redes educacionais no mundo. A compra da Uniban traz força à rede no mercado paulista, o principal para o ensino universitário no país. Porém a fronteira brasileira é o limite para o grupo. “Nem diria que está nos planos uma expansão internacional. Agora é o momento de consolidação do setor”, diz Alexandre. “Nós vamos analisar as parcerias com universidades estrangeiras que a Uniban tem, mas focaremos no mercado interno.”


Com a aquisição, a Anhanguera supera a marca de 400.000 alunos e pretende aumentar ainda mais. Para isso, haverá um trabalho para mapear a necessidade de novos cursos específicos para determinadas regiões do país. Além disso, as mensalidades continuarão com seus preços atuais e o ensino à distância ganhará mais peso.

Atualmente cerca de 20% do investimento da Anhanguera é destinado à tecnologia – o que engloba também plataformas para o ensino à distância. “A Uniban traz força a esse projeto”, diz Alexandre.

Maior operação do setor

Os 510 milhões de reais são divididos entre 380 milhões pela operação da Uniban e os 130 milhões restantes para a compra de três imóveis. Metade do valor total será paga à vista e o restante em duas parcelas com vencimento nos próximos 24 meses. Além disso, há mais dez imóveis que serão alugados – uma política comum da Anhanguera.

A compra foi possível após a oferta primária de ações, realizada no ano passado, que levantou 840 milhões de reais. “Ainda temos um caixa saudável”, diz Alexandre, sem detalhar valores. A Anhanguera tem dívida bruta de 300 milhões de reais a serem pagos no longo prazo, o que não se trata de motivo de preocupação.

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São Paulo – Desde 2006, a Anhanguera Educacional comprou cerca de 40 instituições de ensino superior. A aquisição da Uniban, anunciada nesta segunda-feira, foi a maior transação do setor, por 510 milhões de reais.

“A operação representa um marco de consolidação do setor. Agora o foco é trabalhar na integração das operações e capitalizar sinergias com a Uniban”, diz Alexandre Dias, presidente do grupo Anhanguera. Ele não descarta, no entanto, outras aquisições. “Podem existir sim, mas serão pequenas e poucas.”

As compras da Uniban foram divididas em dois ciclos. O primeiro deles, entre 2006 e 2008, quando a rede adquiriu cerca de 30 instituições, trazendo 150.000 alunos. O segundo ciclo aconteceu nos últimos nove meses com a compra de mais nove redes – entre elas a Uniban – num total de 100.000 alunos. Só o grupo paulistano trouxe 55.000 estudantes.

As conversas começaram há cerca de um ano entre o reitor e fundador da Uniban, Heitor Pinto Filho, e o presidente do conselho de administração do Anhanguera, Antonio Carbonari, com quem trabalhou no início da fundação da Uniban nos anos 70.

“Estávamos discutindo como melhorar a educação no país”, diz Heitor, que passará a ser um consultor da Anhanguera nos próximos quatro anos para ajudar no processo de integração. “Essa operação dá uma força enorme. Isso facilita, por exemplo, para discutir portarias com o MEC.”

A integração deve levar entre 3 a 4 anos. Ainda será preciso, como todas as outras aquisições, da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), o que não será um problema, acredita Alexandre. “O setor de educação ainda é pulverizado. A Anhanguera tinha 5% do mercado e agora com a Uniban fica com 8%.”

O limite é a fronteira

O grupo Anhanguera se tornou uma das maiores redes educacionais no mundo. A compra da Uniban traz força à rede no mercado paulista, o principal para o ensino universitário no país. Porém a fronteira brasileira é o limite para o grupo. “Nem diria que está nos planos uma expansão internacional. Agora é o momento de consolidação do setor”, diz Alexandre. “Nós vamos analisar as parcerias com universidades estrangeiras que a Uniban tem, mas focaremos no mercado interno.”


Com a aquisição, a Anhanguera supera a marca de 400.000 alunos e pretende aumentar ainda mais. Para isso, haverá um trabalho para mapear a necessidade de novos cursos específicos para determinadas regiões do país. Além disso, as mensalidades continuarão com seus preços atuais e o ensino à distância ganhará mais peso.

Atualmente cerca de 20% do investimento da Anhanguera é destinado à tecnologia – o que engloba também plataformas para o ensino à distância. “A Uniban traz força a esse projeto”, diz Alexandre.

Maior operação do setor

Os 510 milhões de reais são divididos entre 380 milhões pela operação da Uniban e os 130 milhões restantes para a compra de três imóveis. Metade do valor total será paga à vista e o restante em duas parcelas com vencimento nos próximos 24 meses. Além disso, há mais dez imóveis que serão alugados – uma política comum da Anhanguera.

A compra foi possível após a oferta primária de ações, realizada no ano passado, que levantou 840 milhões de reais. “Ainda temos um caixa saudável”, diz Alexandre, sem detalhar valores. A Anhanguera tem dívida bruta de 300 milhões de reais a serem pagos no longo prazo, o que não se trata de motivo de preocupação.

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