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Mercado Livre faz parceria com “Uber das entregas”

A startup Eu Entrego, criada há 5 meses, firmou a parceria com a empresa de marketplace para acelerar os envios feitos através da plataforma


	Sede do Mercado Livre: empresa firmou parceria com startup Eu Entrego, que acelera envios com pessoas comuns
 (Divulgação/Mercado Livre)

Sede do Mercado Livre: empresa firmou parceria com startup Eu Entrego, que acelera envios com pessoas comuns (Divulgação/Mercado Livre)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 8 de setembro de 2016 às 17h40.

São Paulo - A partir da parceria com uma startup, vendedores do Mercado Livre poderão contratar pessoas comuns para fazerem entregas.

A iniciativa é o passo mais recente da expansão da economia colaborativa, dessa vez para o comércio eletrônico

Assim como o Uber transformou o mercado de transportes, mesmo sem ter nenhuma frota, e o Airbnb revolucionou o setor de hotelaria sem possuir nenhum quarto, a startup Eu Entrego quer impulsionar a logística sem nenhum contrato com entregadores.

A startup, criada há 5 meses, firmou a parceria com a empresa de marketplace para acelerar os envios feitos através da plataforma, ao permitir que pessoas comuns se cadastrem como entregadores para levar os pacotes dos vendedores até uma agência dos Correios.

Ao fechar um negócio, ele pode escolher usar o serviço Mercado Envios, serviço de logística que conecta o vendedor a 9 transportadoras incluindo os Correios

Ele paga o frete pela plataforma e imprime uma etiqueta para colar no pacote. Depois disso, é só levar para a agência de Correios mais próxima.

É aí que reside o problema: por falta de tempo, preguiça ou indisponibilidade, muitos acabam adiando o envio, o que compromete o prazo de entrega e todo o sistema.

"É um gargalo de todo o comércio eletrônico, que bloqueava novas vendas de ocorrer", afirmou o CEO e fundador do Eu Entrego, João Paulo Camargo.

Ao perceber esse obstáculo no comércio eletrônico e a expansão da economia colaborativa em todo o mundo, o empresário criou a startup para agilizar o processo de envios.

Por um preço de R$ 10 a R$ 40, o vendedor pode optar por contratar um entregador para levar sua encomenda até a agência dos Correios.

Cerca de 600 vendedores e 2.000 entregadores já estão cadastrados na rede, mas Camargo espera que o número cresça rapidamente depois da parceria com o Mercado Livre.

"Temos milhares de entregadores na fila de espera e vamos liberá-los à medida em que a demanda aumenta", disse.

Para ser aprovado, o entregador passa por uma triagem rigorosa, em que a empresa avalia seus documentos, antecedente criminal e até comportamento nas redes sociais.

A empresa também contratou um seguro, para estar protegida de qualquer problema.

Mercado bem livre, mesmo

A statup Eu Entrego desenvolveu o aplicativo com base no próprio sistema do Mercado Livre, que usa uma plataforma aberta.

Desde 2012, alguns sistemas da companhia estão abertos e disponíveis para qualquer desenvolvedor criar programas complementares ao ecossistema do comércio eletrônico.

"Queremos que desenvolvedores criem aplicações para vender ou negociar melhor no nosso site", disse Nicolas Coniglio, gerente de Integrações do Mercado Livre.

Já são mais de 6.000 desenvolvedores e novas possibilidades com os sistemas da companhia de marketplace. A empresa certificou a qualidade de 100 parceiros, dos quais 60 estão no Brasil.

Esse é o caso da Eu Entrego, que foi a primeira empresa homologada no segmento de logística de envios.

"Eles inventam serviços novos que nós mesmos nunca faríamos e ampliam as possibilidades do nosso sistema", afirmou Coniglio.

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