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Menos juros, mais crédito? Os balanços dos bancos nos EUA

JPMorgan, Citi e Wells Fargo divulgam resultados nesta terça; números devem ajudar a balizar as expectativas sobre o desempenho da economia americana

Sede do Wells Fargo (WFCO34) (Spencer Platt/Getty Images)

Sede do Wells Fargo (WFCO34) (Spencer Platt/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2020 às 06h06.

Última atualização em 14 de janeiro de 2020 às 06h43.

São Paulo — A temporada de divulgação de resultados do último trimestre de 2019 começa na manhã desta terça-feira nos Estados Unidos com os bancos JPMorgan, Citi e Wells Fargo. Os números devem ajudar a balizar as expectativas sobre o desempenho da economia americana no curto e no médio prazo.

Os investidores estão ansiosos para saber se as carteiras de crédito das instituições financeiras continuaram se expandindo no período de outubro a dezembro após forte alta no terceiro trimestre de 2019, que foi impulsionada pela redução dos juros pelo Federal Reserve, o banco central americano.

Depois de três cortes nos três primeiros trimestres de 2019, em dezembro o Fed manteve a taxa entre 1,5% e 1,75% ao ano, justificando a decisão pela inflação baixa e pelo nível de emprego elevado no país.

Além de indicar que uma temida recessão nos Estados Unidos não está no horizonte, o crescimento do volume de financiamentos concedidos tem ajudado a compensar a queda nas margens de lucro dos bancos por causa do corte de juros.

A projeção média do mercado financeiro é de alta de 4,2% nas receitas do JPMorgan no quarto trimestre de 2019 ante o mesmo período de 2018, para 27,9 bilhões de dólares, com elevação de 17% no lucro, para 2,32 dólares por ação.

Para o Citi, a previsão é de crescimento de 4,5% nas receitas no mesmo período, para 17,9 bilhões de dólares, com aumento de 14% nos lucros, para 1,84 dólar por ação. Já o Wells Fargo deve ter uma queda de 4,1% nas receitas nesse período, para 20,1 bilhões de dólares, com alta de 2,8% nos lucros, a 1,12 dólar por ação.

Mais do que os resultados passados, as projeções dos bancos para os resultados dos próximos trimestres devem mexer mais com os ânimos no mercado financeiro. “Esperamos que as estimativas recebam mais atenção do que os balanços em si”, Jason Goldberg, analista do banco de investimentos inglês Barclays, escreveu em relatório para clientes.

Amanhã, Bank of America Merril Lynch e Goldman Sachs também divulgam seus balanços. Na quinta, é a vez do Morgan Stanley.

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