São Paulo, 13 de novembro (Portal EXAME) A operadora de telecomunicações americana MCI anunciou que está à venda a participação e o controle que ela detém na operadora brasileira de longa distância Embratel. Entre as ações da Embratel em poder da MCI estão 51,79% do capital com direito a voto. De acordo com o banco J.P. Morgan, a participação acionária da MCI no capital total é de 19,26%, o que equivale a cerca de 220 milhões de dólares. Esse valor representa menos de 10% do que a empresa americana pagou pelo controle da Embratel em 1998, no leilão de privatização: 2,3 bilhões de dólares, com ágio de 47,22% sobre o preço mínimo estipulado pelo governo brasileiro.

A MCI (ex-WorldCom) pediu concordata em julho de 2002, após serem reveladas fraudes contábeis hoje estimadas em mais de 11 bilhões de dólares. Analistas acreditam que a empresa saia da concordata no início de 2004. Daí a necessidade de se desfazer de ativos. Pela lei brasileira, somente após cinco anos da data da privatização é permitida a troca de controle da empresa. O prazo acabou no final do último mês de julho.

Depois de uma análise cuidadosa, definimos que devemos vender o controle acionário que possuímos na Embratel, afirmou por meio de comunicado Jonathan Crane, vice-presidente da MCI de desenvolvimento e estratégia. Ainda segundo o comunicado, ele afirma que a venda permitirá que ambas as empresas possam focar melhor em oportunidades estratégicas para seus principais negócios.

Crane também garantiu que a MCI continuará a atender os clientes da Embratel em suas necessidades globais. Para coordenar o processo de venda, a MCI contratou o banco de investimento Lazard LLC e o escritório de advocacia Weil, Gotshal and Manges.