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McDonald's quer ser mais sustentável e vai lançar salada orgânica

A rede também já prometeu que não vai mais comprar carne de produtores que utilizam antibiótico para promover o crescimento dos animais

McDonald's: distribuição das saladas orgânicas vai começar em restaurantes de São Paulo (McDonald's/Divulgação)

McDonald's: distribuição das saladas orgânicas vai começar em restaurantes de São Paulo (McDonald's/Divulgação)

Luísa Melo

Luísa Melo

Publicado em 14 de dezembro de 2016 às 17h27.

Última atualização em 14 de dezembro de 2016 às 17h28.

São Paulo - A partir do primeiro trimestre do ano que vem, os clientes do McDonald's no Brasil vão encontrar uma opção mais saudável no cardápio: saladas feitas com ingredientes orgânicos.

A oferta vai começar aos poucos, em "alguns restaurantes" da cidade de São Paulo, segundo a Arcos Dorados, operadora da rede de fast food na América Latina. O número exato das lojas não foi divulgado.

A ideia, de acordo com a empresa, é ampliar a distribuição das saladas à medida que os produtores conseguirem aumentar o fornecimento dos vegetais.

A novidade integra uma série de iniciativas de longo prazo do McDonald's para ser mais sustentável.

A marca já anunciou, por exemplo, que a partir de 2025 só comprará ovos de galinhas livres de gaiolas e que seus fornecedores de carne suína devem usar apenas sistema de criadouro coletivos até 2022.

Também prometeu que não vai mais comprar carne de produtores que utilizam antibiótico para promover o crescimento dos animais.

“Estamos construindo uma bela história de boas práticas, como o uso racional da água e da energia, ações pelo bem-estar animal e conquista de certificações de embalagens, peixe e café. A produção de vegetais orgânicos é mais um passo inovador, que vai envolver o fomento à agricultura familiar, algo fundamental para o desenvolvimento sustentável do setor”, diz em nota Paulo Camargo, presidente da Divisão Brasil da Arcos Dorados.

Num esforço para se livrar do estigma de junk food, o McDonald's investiu não só na venda de saladas, mas também de wraps e frutas nos últimos anos.

Não deu muito certo. No país, as saladas não respondem por mais que 2% das receitas da rede –  o que seus consumidores pedem mesmo são os hambúrgueres.

A companhia decidiu então mudar o foco e, neste ano, voltou a apostar no lançamento de edições especiais de sanduíches clássicos, lançou a linha Signatures, de itens premium, e reforçou as opções de sobremesa (com o McShake Ovomaltine, por exemplo).

No terceiro trimestre, as vendas da filial brasileira somaram 357 milhões de dólares, aumento de 14,5% frente a um ano antes.

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