São Paulo - O McDonald’s e o KFC estão explorando opções digitais de pedidos e de pagamentos na tentativa de recuperar os clientes perdidos no último ano, por conta de escândalos sobre a qualidade da carne e consequentes quedas nas vendas.
As redes de fast food tradicionais também estão perdendo espaço para locais mais descolados e mais atrativos aos jovens. Então, para chamar a atenção dos chineses, as duas empresas estão investindo em serviços digitais e pagamento pelo smartphone.
KFC
A Yum! Brands, dona do KFC, anunciou que firmou uma parceria com o Alibaba para lançar um serviço de pagamento pelo celular, através do Alipay.
O sistema de pagamento do maior grupo de comércio eletrônico da China já está disponível em 700 das mais de 4.500 lojas do KFC no país asiático e deve se estender ao restante ainda esse ano.
A companhia também disponibilizou wi-fi em 2.220 lojas e incluiu seu menu em um aplicativo.
McDonald’s
De acordo com o Wall Street Journal, o McDonald’s irá começar um projeto piloto este trimestre, para aceitar pedidos e pagamentos por plataformas mobile.
Um porta-voz afirmou ao veículo americano que, “dado que os consumidores chineses são bastante digitais, agora estamos nos preparando” para atender às suas demandas.
Além disso, a rede de fast food abriu dois quiosques digitais para que o cliente monte o seu próprio hambúrguer. A inovação atraiu, ao menos, a curiosidade dos consumidores. A demanda pelos sanduíches padronizados foi cinco vezes maior do que a companhia esperava, afirmou o Wall Street Journal.
No ano passado, a rede americana sofreu um baque no continente asiático. Após 11 anos de resultados positivos, a rede registrou prejuízo no Japão.
A fábrica Husi Food, da China, teria misturado carne de frango estragada à carne fresca vendida ao McDonald's do Japão. A crise veio à tona em julho, quando a filial japonesa da rede de fast food chegou a suspender a importação e a venda de frango e derivados de origem chinesa.
A rede recebeu ainda outras denúncias, como de pedaços de plástico de até 3 centímetros achados em nuggets. Uma criança também se feriu com um pedaço de plástico dentro de um sorvete. Em agosto do ano passado, um cliente encontrou um dente em uma porção de batatas fritas. A carne era processada em uma fábrica na Tailândia.
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1. Experiências
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1/8 (Divulgação/Pizza Hut)
São Paulo - Há alguns meses, redes de fast food tornaram seus lanches
mais gourmet, na tentativa de chamar a atenção da Geração Y. Depois,
lançaram opções saudáveis, outra tendência voltada a esse público. Ainda não foi o suficiente. Nas últimas semanas, as principais delas lançaram novos itens e campanhas para atrair esses consumidores. A
Taco Bell, por exemplo, quer aprender as gírias dos jovens para se comunicar com eles. A Chili’s, uma rede de restaurantes americanos Tex-Mex, gastou milhões para que a comida seja mais bonita e mais “compartilhável” nas redes sociais. Veja a seguir algumas das tentativas dessas empresas de angariar consumidores jovens.
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2. Taco Bell
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2/8 (Divulgação/Facebook oficial)
Gírias, abreviações e figuras de linguagem das gerações mais jovens mudam tão rapidamente que fica difícil acompanhar. Ainda assim, o Taco Bell, uma rede de 53 anos,
quer falar como alguém de 20. Os executivos do Taco Bell acreditam que, se adequarem sua linguagem a das gerações mais jovens, também conseguirão pensar como elas e, assim, desenvolver pratos mais adequados a esse público. Por isso, uma equipe de funcionários com cerca de 20 anos cria, semanalmente, uma lista com “A Palavra Geração Y da Semana” e a divulga internamente por email, segundo a
Associated Press. O presidente Brian Niccol, de 41 anos,
afirmou que sequer sabe usar algumas das expressões. No entanto, afirmou que conhece bem o seu público, jovens que buscam a rede antes ou depois de uma balada.
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3. Chilis
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3/8 (Divulgação)
A Chili’s, uma rede de restaurantes casuais com inspiração texana e mexicana, quer que sua comida seja
o mais bonita possível. Ela está gastando milhões com uma renovação do cardápio, para tornar os pratos mais atraentes e, assim, mais compartilháveis nas redes sociais. Uma das mudanças é a adição de uma camada de ovo nos pães do hambúrguer. Assim, o pão fica mais brilhante, que “reluz”, afirmou o presidente da Brinker’s, a dona da rede. Além disso, criou um novo jeito de organizar costelinhas, para aparecerem melhor nas fotos, e cestas de ferro bonitas para as babatas fritas.
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4. Pizza Hut
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4/8 (Divulgação/Facebook oficial)
Em novembro do ano passado, a Pizza Hut
transformou radicalmente sua imagem e seu menu. A empresa buscou inspiração em alimentos étnicos e exóticos para redesenhar o seu cardápio e incluiu novas pizzas e bordas, com sabores como Honey Sriracha e Ginger Boom Boom. Não deu certo. Além de não atingir o público alvo, a companhia
foi acusada de se esquecer de seus consumidores tradicionais e cativos e as vendas caíram. O CEO da Yum Brands, dona da Pizza Hut, Greg Creed, afirmou que a mudança foi mal calculada. “Infelizmente, não fomos tão eficientes quando gostaríamos com o nosso marketing ou com o balanço entre os mais jovens e os consumidores tradicionais”, afirmou. O
último lançamento da companhia vai em uma direção completamente diferente da linha anterior: uma pizza com borda de cachorro quente. Ela já estava disponível no Reino Unido, Canadá, Austrália e Coreia do Sul. Agora
chegou aos Estados Unidos. No Brasil, chegou a Cheesy Pop!, que tem gomos recheados de queijo. Esse será o produto de destaque durante toda o ano, afirmou a empresa.
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5. Dominos
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5/8 (Thomas Peter/Reuters)
Como os mais jovens estão sempre próximos de seus smartphones, as empresas estão tentando alcança-los através do aparelho.
A Domino’s lançou uma
campanha que permite pedir uma pizza pelo Twitter. O consumidor americano poderia se cadastrar no sistema da rede de pizzas e, depois,
tuitar emojis de pizza para a companhia.
“É a epítome da conveniência”, disse o presidente Patrick Doyle, ao USA Today. Em apenas 5 segundos, um consumidor jovem e atarefado pode receber sua pizza. Cerca de 50% dos pedidos da rede já ocorre no meio digital.
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6. PepsiCo
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6/8 (Divulgação)
Refrigerante está em baixa entre a Geração Y, conhecida por uma preocupação com alimentos mais saudáveis. Para tentar conquistar a simpatia desse público, a PepsiCo
está lançando uma nova linha de bebidas, chamada "Stubborn Soda". Elas são feitas de ingredientes nacionais e sem xarope de milho e descritas pela empresa como “artesanais”. Entre os sabores, estão amora americana com ervas, cerveja, açaí e limão, creme de baunilha e agave, hibisco e laranja e creme de abacaxi. Ao mesmo tempo, a companhia anunciou dois projetos novos: a Calbe’s Soda, bebida artisanal, e o Mountain Dew Dewshine, feito com açúcar natural. Também está removendo o aspartame da Pepsi Diet.
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7. Whole Foods
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7/8 (Getty Images)
A Whole Foods sempre se gabou de ter os produtos mais saudáveis de todas as redes varejistas dos Estados Unidos. O problema é que esse título vem com um preço: os jovens, seu público alvo, não conseguem pagar pelos produtos mais saudáveis e mais caros. Por isso, a varejista está tentando atraí-los com um
novo modelo de loja, com preços mais baixos. As novas unidades irão atender um público que está buscando produtos orgânicos e naturais, mas querem “uma experiência de compra diferente”,
disse a empresa.
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8. Veja também
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8/8 (Divulgação)