Suzuki: montadora disse que de 12.819 veículos de amostra testados desde junho de 2012, cerca de 50 por cento foram inspecionados de forma inadequada (Sean Gallup/Getty Images/Getty Images)
Reuters
Publicado em 9 de agosto de 2018 às 16h13.
Tóquio - Mazda, Suzuki e Yamaha fizeram testes inadequados sobre economia de combustível e emissões de poluentes, disse o governo japonês nesta quinta-feira, revelando novos casos de falhas de compliance pelas montadoras.
Os resultados vieram à tona após o governo mandar as montadoras revisarem suas operações após a descoberta de testes inadequados na Subaru e na Nissan em 2017.
A conduta das fabricantes de automóveis está sob intenso escrutínio após a alemã Volkswagen ter admitido em 2015 ter instalado um software em centenas de milhares de carros movidos a diesel dos Estados Unidos para alterar testes de emissões de poluentes, e que mais de 11 milhões de veículos poderiam ter softwares similares instalado em todo o mundo.
Nos casos do Japão, as montadoras não infringiram nenhuma lei nem realizaram recalls massivos. Mas uma lista crescente de irregularidades prejudicou a imagem da indústria manufatureira do país em busca de eficiência e produtos de alta qualidade.
Suzuki, Mazda e Yamaha aprovaram veículos em testes de emissões ou eficiência de combustível até mesmo em casos em que os carros ficaram abaixo de condições inválidas, disse o governo japonês. Os erros ligados a pequenos desvios na velocidade dos veículos durante o teste deveriam ter invalidado os resultados.
As montadoras examinaram testes feitos em diferentes períodos e, no caso da Suzuki, elas se estenderam até 2012.
Nenhuma das empresa encontrou problemas significativos comemissões de poluentes e o desempenho da economia de combustível dos veículos, que foram destinados à venda no Japão, e não planejam nenhum recall.
A Suzuki, quarta maior montadora do Japão, disse que, de 12.819 veículos de amostra testados para economia de combustível e emissões desde junho de 2012, cerca de 50 por cento foram inspecionados de forma inadequada.
A Mazda disse que houve irregularidades em 4 por cento de inspeções similares em seus carros, ou pouco mais de 70 veículos. No caso da Yamaha, alterações foram encontradas em 2 por cento das inspeções.
As três fabricantes pediram desculpas.