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Mary Kay, de cosméticos, planeja fábrica no Brasil

O plano também inclui cinco centros de distribuição, com investimento de US$ 10 milhões em cada um

Loja da Mary Kay: a intenção é, dentro de dois a três anos, ter a unidade própria de produção no país (Kevin Lee/Bloomberg News)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de novembro de 2014 às 09h24.

São Paulo - Quinta maior empresa de vendas diretas do mundo, a americana Mary Kay quer construir uma fábrica própria de cosméticos no País.

"A ideia é ter uma unidade no Brasil em breve e cinco centros de distribuição, com investimento de US$ 10 milhões em cada centro", disse o presidente mundial da empresa, David Holl.

Ele esteve esta semana no Brasil para participar do 14º Congresso da Federação Mundial das Associações de Vendas Diretas (WFDSA).

A intenção é, dentro de dois a três anos, ter a unidade própria de produção no País. Hoje 60% dos itens de maquiagem e cuidados com a pele que a empresa vende são fabricados localmente por quatro grandes indústrias.

O restante é importado. "Estamos trabalhando nesse projeto, planejando toda a parte fiscal e de localização", contou o presidente da subsidiária brasileira, Alvaro Polanco.

Mas ele ponderou que pretende continuar com as indústrias locais que fazem os produtos sob encomenda.

A decisão da empresa em produzir localmente foi tomada depois do forte crescimento de vendas obtido no Brasil nos últimos quatro anos. Entre 2011 e este ano, a receita líquida da empresa aumentou quase 60% ao ano. A expectativa é de uma alta de 40% para 2015.

"A empresa precisa ter uma fábrica para suportar esse crescimento", explicou Holl. Há um ano e meio, a direção da companhia cogitava três novos centros de distribuição no País.

Esse número foi ampliado para cinco. Um deles está começando a funcionar em Betim (MG). Até agora a empresa operava somente um centro, em Alphaville (SP).

Roberta Kuruzu, diretora executiva da Associação Brasileira de Vendas Diretas, diz que, nos últimos três anos, houve um crescimento médio de vendas do setor de 9% ao ano. Ela explica que, quando a economia vai bem, as vendas diretas acompanham. Quando a economia não vai tão bem, o setor tem desempenho também favorável porque muitas pessoas buscam nessa atividade uma forma de obter renda. "Há um descolamento entre a venda direta e o PIB."

Brasil

Atualmente a operação brasileira da Mary Kay é a terceira maior da empresa no mundo, só perde para a China, que encabeça o ranking, e para os Estados Unidos, que são vice-líder. "Ultrapassamos a Rússia em vendas este ano", disse Polanco.

A empresa não divulga a receita obtida no Brasil. Mas, no mundo, o faturamento líquido deve somar este ano US$ 4 bilhões, ante US$ 3,5 bilhões obtidos em 2013.

A ascensão da subsidiária brasileira é atribuída por Polanco ao tripé: qualidade dos produtos, novas linhas de cosméticos e o avanço no número de consultoras, interessadas em obter uma renda extra para reforçar o orçamento familiar.

Hoje as 300 mil consultoras podem embolsar, em média, R$ 1 mil por mês, com um ganho de 40% sobre os itens vendidos.

Modelo

A empresa não investe em publicidade e optou por um modelo de negócio no qual a campanha de vendas é feita boca a boca pelas próprias consultoras. A expectativa é ter 400 mil consultoras em 2015 no País. No mundo são 3 milhões em 40 países.

O avanço do varejo online, que virou inimigo das vendas diretas, não afetou, segundo Polanco, os negócios da empresa porque o seu crescimento foi expressivo.

"Não sentimos o abalo da venda online, os concorrentes podem ter tido queda." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O restante é importado. "Estamos trabalhando nesse projeto, planejando toda a parte fiscal e de localização", contou o presidente da subsidiária brasileira, Alvaro Polanco.

Mas ele ponderou que pretende continuar com as indústrias locais que fazem os produtos sob encomenda.

A decisão da empresa em produzir localmente foi tomada depois do forte crescimento de vendas obtido no Brasil nos últimos quatro anos. Entre 2011 e este ano, a receita líquida da empresa aumentou quase 60% ao ano. A expectativa é de uma alta de 40% para 2015.

"A empresa precisa ter uma fábrica para suportar esse crescimento", explicou Holl. Há um ano e meio, a direção da companhia cogitava três novos centros de distribuição no País.

Esse número foi ampliado para cinco. Um deles está começando a funcionar em Betim (MG). Até agora a empresa operava somente um centro, em Alphaville (SP).

Roberta Kuruzu, diretora executiva da Associação Brasileira de Vendas Diretas, diz que, nos últimos três anos, houve um crescimento médio de vendas do setor de 9% ao ano. Ela explica que, quando a economia vai bem, as vendas diretas acompanham. Quando a economia não vai tão bem, o setor tem desempenho também favorável porque muitas pessoas buscam nessa atividade uma forma de obter renda. "Há um descolamento entre a venda direta e o PIB."

Brasil

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A empresa não divulga a receita obtida no Brasil. Mas, no mundo, o faturamento líquido deve somar este ano US$ 4 bilhões, ante US$ 3,5 bilhões obtidos em 2013.

A ascensão da subsidiária brasileira é atribuída por Polanco ao tripé: qualidade dos produtos, novas linhas de cosméticos e o avanço no número de consultoras, interessadas em obter uma renda extra para reforçar o orçamento familiar.

Hoje as 300 mil consultoras podem embolsar, em média, R$ 1 mil por mês, com um ganho de 40% sobre os itens vendidos.

Modelo

A empresa não investe em publicidade e optou por um modelo de negócio no qual a campanha de vendas é feita boca a boca pelas próprias consultoras. A expectativa é ter 400 mil consultoras em 2015 no País. No mundo são 3 milhões em 40 países.

O avanço do varejo online, que virou inimigo das vendas diretas, não afetou, segundo Polanco, os negócios da empresa porque o seu crescimento foi expressivo.

"Não sentimos o abalo da venda online, os concorrentes podem ter tido queda." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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