Marfrig tem prejuízo líquido de R$7,5 mi no 4º tri, o menor desde 2015
No ano, o resultado líquido da empresa de alimentos e processadora de carnes ficou negativo em 461 milhões de reais
Reuters
Publicado em 27 de março de 2018 às 20h46.
São Paulo - A Marfrig teve prejuízo líquido de 7,5 milhões de reais no quarto trimestre, o menor registrado desde 2015, informou a companhia em comunicado na noite desta terça-feira.
No ano, o resultado líquido da empresa de alimentos e processadora de carnes ficou negativo em 461 milhões de reais, baixa de 33 por cento ante 2016.
Entre outubro e dezembro, a Marfrig apurou um resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de 493 milhões de reais, alta de 24 por cento em relação ao último trimestre de 2016.
A receita líquida total cresceu 8 por cento no quarto trimestre, para 5,3 bilhões de reais. Em volume, as vendas da empresa aumentaram 11 por cento entre outubro e dezembro.
"Os resultados do quarto trimestre demonstram a resiliência e o aumento de produtividade das operações da Marfrig num ano extremamente desafiante para a indústria brasileira de proteína animal", disse a companhia em nota.
Apenas na divisão Beef, a Marfrig faturou 3 bilhões de reais no último trimestre, alta de 28 por cento ano a ano, com avanço de 34 por cento em volumes vendidos ao mercado internacional. Já o segmento Keystone, fornecedora das principais redes internacionais de fast-food, teve queda de 1 por cento na receita líquida trimestral, para 705 milhões de dólares. A empresa citou que a queda ocorreu "pelos efeitos do inverno mais rigoroso dos últimos tempos nos Estados Unidos".
Os investimentos somaram 247 milhões de reais entre outubro e dezembro, informou a companhia em comunicado, e os recursos foram destinados principalmente à reabertura de unidades desativadas da divisão Beef no Brasil e à expansão das operações da Keystone na Ásia, com inauguração de nova fábrica na Tailândia.
A Marfrig encerrou 2017 com uma dívida líquida de 2,4 bilhões de dólares, uma alta de 624 milhões em relação a dezembro de 2016.
Já a alavancagem medida pela relação dívida líquida sobre Ebitda ficou em 3,9 vezes, excluindo os efeitos da adesão ao Programa Especial de Regularização Tributária (Pert) do governo federal.