Negócios

Marcopolo estuda comprar sua maior rival no Brasil

Fabricante gaúcha de ônibus já foi procurada pelo BNDES para comprar a Busscar

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

Com presença em 80 países e vendas de 2,4 bilhões de reais em 2008, a fabricante de ônibus gaúcha Marcopolo quer ampliar sua participação no mercado brasileiro. Segundo relatório distribuído pela corretora Ativa, a empresa já admite que pretende comprar a Busscar, sua maior concorrente no segmento de ônibus rodoviários e que enfrenta dificuldades financeiras.

A Marcopolo informou que já foi procurada pelo BNDES, que levantou a possibilidade da compra. Segundo a empresa, a Busscar estaria interessada no negócio. “Queremos fazer parte da solução para a Busscar”, declarou a Marcopolo, segundo o relatório.

No Brasil, a Marcopolo afirma que o segmento de ônibus urbanos está estável, com a produção voltando aos patamares de 2008. “Com alguns eventos de curto prazo, como o financiamento de 1 bilhão de reais que o Ministério das Cidades irá disponibilizar, haverá renovação da frota. Em fevereiro, o governo federal, dando segmento ao projeto caminhos da escola, realizou pregão, no qual a Marcopolo ganhou a licitação.”

Mercados

A Marcopolo também atualizou a situação nos principais países onde atua. Os mais preocupantes são Rússia e México. Na Rússia, um dos mais afetados pela crise econômica, a Marcopolo paralisou suas duas operações: uma permanentemente e a outra, em Pavlovo, temporariamente.

Já o México é o segundo mercado onde a companhia mais sofre por conta de crise devido à dependência econômica do país com os Estados Unidos. A Marcopolo prevê queda de 20% na vendas em 2009.

Porém, a situação é melhor na Índia, onde sua fábrica já começou a produzir comercialmente e em maio atingiu a marca de 504 unidades mensais produzidas. A companhia espera uma produção de mil unidades mensais até outubro. Os investimentos realizados na fábrica de Dharwad, de 100 milhões de dólares - divididos igualmente entre as sócias Marcopolo e Tata Motors - receberam incentivos fiscais do estado onde a planta está instalada.

No Egito, a joint venture com a GB Auto deverá iniciar a produção em setembro e contribuir com mil unidades ainda neste ano. A Marcopolo estima que em 2010 a produção dobrará. Essa operação deverá apresentar margem bruta melhor que a da operação brasileira (entre 17% e 20%), devido aos menores custos e preços de vendas, em média, 10% maiores, pois é um mercado acostumado com o nível de preços europeu.

A Colômbia deverá repetir a performance de 2008, quando foram produzidos 765 unidades. Na Argentina a situação não é diferente. Apesar de ter apresentado um crescimento no primeiro trimestre em realão ao mesmo período de 2008, a Marcopolo espera o mesmo desempenho do ano passado com produção de 567 unidades.
 

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Negócios

Empreendedor produz 2,5 mil garrafas de vinho por ano na cidade

Após crise de R$ 5,7 bi, incorporadora PDG trabalha para restaurar confiança do cliente e do mercado

Após anúncio de parceria com Aliexpress, Magalu quer trazer mais produtos dos Estados Unidos

De entregadores a donos de fábrica: irmãos faturam R$ 3 milhões com pão de queijo mineiro

Mais na Exame