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Manuel Guedes, presidente da Varig, pede demissão

São Paulo, 16 de abril (Portal EXAME) O presidente-executivo da Varig, Manuel Guedes, pediu demissão do cargo na noite de ontem, terça-feira (15/4). Ele encaminhou uma carta ao Conselho de Administração comunicando o afastamento do cargo. No texto, ressaltava que havia assumido a presidência, há quatro meses, para retomar as negociações com credores, fornecedores e […]

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

São Paulo, 16 de abril (Portal EXAME) O presidente-executivo da Varig, Manuel Guedes, pediu demissão do cargo na noite de ontem, terça-feira (15/4). Ele encaminhou uma carta ao Conselho de Administração comunicando o afastamento do cargo. No texto, ressaltava que havia assumido a presidência, há quatro meses, para retomar as negociações com credores, fornecedores e governo, assim como agilizar o processo de reestruturação da empresa. Guedes era também diretor de Controladoria e de Relação com os Investidores da Varig. Há duas semanas havia nomeado um novo diretor para esse último cargo, Ricardo Bullara.

Dentro da companhia, o pedido de demissão não foi recebido com surpresa. Quando assumiu o cargo, Guedes havia pedido o prazo de três meses para negociar o pagamento da dívida da empresa com credores e a fusão da empresa com a TAM. O Guedes sempre se viu como um homem de finanças, que não poderia assumir o comando da empresa por mais tempo", afirmou um executivo da Varig ao Portal EXAME.

A nomeação do diretor de planejamento, Alberto Fajerman, como vice-presidente executivo, há cerca de um mês, foi o primeiro sinal do afastamento de Guedes da presidência da empresa. Enquanto esteve no cargo, Guedes ajudou a desenhar o modelo da fusão com a TAM e negociou a dívida com a Infraero, mas não foi capaz de acertar as contas com a BR Distribuidora.

A pessoas próximas, o executivo disse ter se desgastado muito nas reuniões com representantes do governo federal. Esse cansaço seria motivado pela divisão do governo em duas correntes: uma que quer agilizar o processo de fusão e outra, mais próxima dos sindicatos de classe, interessada em retardá-la para avaliar o impacto no quadro de pessoal das duas companhias.

O pedido de demissão de Guedes já foi aprovado pelo Conselho de Administração da Varig, que amanhã se reunirá e discutirá, entre outros temas, a saída de Guedes. Não há prazo definido para a indicação de um novo presidente.

A partir de agora, as negociações com o governo passam a ser conduzidas por Joaquim Fernandes dos Santos, membro do Conselho, que já vinha participando dessas reuniões. A saída de Guedes ocorre uma semana depois do novo presidente do Conselho de Administração da Fundação Rubem Berta, Gilberto Carlos Rigoni, afirmar que a fusão da Varig com a TAM não é uma prioridade para a companhia. A fundação é a holding que controla o grupo Varig.

Segundo a assessoria da imprensa da companhia aérea, o vice-presidente Alberto Fajerman continuará cuidando das questões operacionais, como já vem fazendo, o que inclui as negociações com os credores. A Varig tem uma dívida declarada de cerca de US$ 800 milhões e neste ao já teve aeronaves arrestadas por falta de pagamento de leasing.

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