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Maksoud Plaza vai a leilão

Hotel foi glamouroso nos anos 1980, mas vai a leilão para pagamento de dívidas trabalhistas

Estabelecimento é famoso por ter hospedado autoridades, celebridades e socialites brasileiras e estrangeiras (Bia Parreiras/Viagem e Turismo)

Estabelecimento é famoso por ter hospedado autoridades, celebridades e socialites brasileiras e estrangeiras (Bia Parreiras/Viagem e Turismo)

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Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2011 às 09h26.

São Paulo - Ícone do glamour paulistano na década de 1980, o Hotel Maksoud Plaza foi mandado a leilão pela Justiça do Trabalho para pagamento de dívidas trabalhistas. Famoso por ter hospedado autoridades, celebridades e socialites brasileiras e estrangeiras, o imóvel é avaliado em R$ 140 milhões.

Situado a uma quadra da Avenida Paulista, o empreendimento teve o leilão marcado para a segunda semana de dezembro pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo. Apesar de o hotel sustentar que já fez um depósito para pagamento da dívida, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) informou que ainda não há decisão judicial sobre a suspensão e o leilão está mantido. Ainda precisa ser avaliado, por exemplo, se o valor depositado cobre toda a dívida.

Tradicionalmente, a Justiça do Trabalho tenta vender imóveis, como o Maksoud, em leilões. Se o empreendimento não é arrematado na primeira oferta, novos leilões são realizados. A Maternidade São Paulo, também na região da Paulista, só foi vendida depois de mais de dez tentativas.

O Maksoud já chegou a ir a leilão em 2008. Quase 400 pessoas lotaram o auditório do Fórum Rui Barbosa, na zona oeste de São Paulo, mas não houve interessados no cinco-estrelas. Às 10h40, o leiloeiro apresentou o imóvel de 7,3 mil m² e 22 pavimentos, mas ninguém ofereceu o lance mínimo de R$ 47,5 milhões.

Para o TRT, um dos motivos que podem ter afastado os compradores é o fato de os proprietários do imóvel terem entrado com uma liminar na Justiça para suspender os efeitos do leilão - ou seja, corria-se o risco de conseguir arrebatar o bem, mas não poder usá-lo.

O empresário Henry Maksoud disse na época que "todo o processo que levou a esse leilão" estava "prenhe de ilegalidades". "O hotel vai continuar hoje, amanhã, até quando eu quiser, mesmo com essa truculência com que temos sido tratados." Procurada hoje, sua assessoria confirmou o depósito judicial.

Reservas - Até hoje era possível fazer reserva para hospedagem no Maksoud em dezembro - as diárias variavam de cerca de R$ 500 a aproximadamente R$ 2 mil. Além de hospedar pessoas famosas, o Maksoud sempre foi frequentado nos fins de semana por famílias endinheiradas atrás do famoso brunch. E o café da manhã do hotel ainda atrai as classes média e alta.

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