Frederico Trajano, Magazine Luiza: "estou entusiasmado com a macroeconomia, mas mais ainda com a agenda microeconômica." (Alexandre Battibugli/Exame/Exame)
Natália Flach
Publicado em 28 de janeiro de 2020 às 10h33.
São Paulo - A varejista Magazine Luiza quer ajudar as companhias brasileiras a atuar também no mundo digital. "Nosso modelo era de pipeline (uma fila de processos) e agora vai ser plataforma. Isso significa que queremos ajudar 6 milhões de empresas a sair do off-line para o on-line, como fizemos", afirma Frederico Trajano, presidente da varejista, durante evento do Credit Suisse, em São Paulo.
O executivo cita que a penetração do comércio digital no Brasil é de apenas 5%, enquanto em países como Estados Unidos é de 15% e China, de algo entre 20% e 30%. "Estou entusiasmado com a macroeconomia, mas mais ainda com a agenda microeconômica." Segundo ele, nunca houve um momento tão positivo para os negócios, e a digitalização da economia passa por esse otimismo também. Por isso até que a companhia fez uma captação de 5 bilhões de reais "pois temos planos ambiciosos".
Nesse sentido, André Street, cofundador da credenciadora Stone, diz que sonha com a criação de um ecossistema que integre pequenas e médias companhias de São Paulo a clientes no Nordeste, sendo que a entrega dos produtos aconteceria em apenas um dia. "Isso poderia ser possível porque as PMEs são nossas clientes e os clientes são clientes da Magazine Luiza, e poderia retirar os produtos nos minicentros de distribuição", diz.