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Magazine Luiza prevê diluição de despesas no ano

Empresa deve fazer redução de despesas para melhorar sua rentabilidade

A varejista comandada por Luiza Helena Trajano informou ainda que espera apurar crescimento de dois dígitos nas vendas mesmas lojas deste ano (Lailson Santos/EXAME)

A varejista comandada por Luiza Helena Trajano informou ainda que espera apurar crescimento de dois dígitos nas vendas mesmas lojas deste ano (Lailson Santos/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 23 de março de 2012 às 13h21.

São Paulo - Impactada pelo aumento de 44 por cento em despesas operacionais decorrentes de investimentos em aquisição e integração de redes, que levou a um prejuízo líquido de 16,9 milhões de reais no quarto trimestre, a rede Magazine Luiza estima uma diluição nessa linha do balanço ao longo deste ano.

No ano passado, a varejista comprou a Lojas do Baú, do grupo Sílvio Santos, em junho, e acelerou a integração da nordestina Lojas Maia, adquirida em julho de 2010, além de ter destinado recursos à área de logística.

A migração da plataforma de cartão de crédito (Luizacred) para o Itaú Unibanco também pressionou os resultados em função de novas práticas adotadas, segundo a companhia.

Com isso, as despesas somaram 615,7 milhões de reais no trimestre e 1,8 bilhão de reais em 2011, alta anual de 39,5 por cento.

"Devemos ter diluição bastante significativa nas despesas por não contar com itens extraordinários, além da iniciativa da companhia de focar em redução de despesas para melhorar a rentabilidade geral", disse o presidente-executivo da varejista, Marcelo Silva, em teleconferência nesta sexta-feira. "Serão bem menores em relação a 2011".

Segundo ele, a redução nas despesas deve ser mais significativa a partir do segundo semestre.

No quarto trimestre de 2010, a empresa havia tido lucro de 20,5 milhões de reais. Em bases ajustadas, excluindo os efeitos não-recorrentes, o lucro líquido foi de 26,7 milhões de reais no período, o que equivale a alta anual de 30 por cento.

Já a geração de caixa operacional da empresa, medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), caiu 44,7 por cento nos três últimos meses de 2011, para 52,5 milhões de reais, com a margem diminuindo de 5,9 para 2,7 por cento.

A receita líquida, enquanto isso, somou 1,9 bilhão de reais no último trimestre de 2011, alta anual de 20,8 por cento.

No ano passado como um todo, a companhia viu o lucro líquido cair 83,1 por cento, para 11,7 milhões de reais, e o Ebitda recuar em 6 por cento, a 300,6 milhões de reais, com margem de 4,7 por cento.

A receita líquida do fechado do ano, por sua vez, aumentou 33,5 por cento, a 6,4 bilhões de reais, com o crescimento das vendas mesmas lojas -que consideram aquelas em operação há pelo menos 12 meses- cedendo de 29 para 16,5 por cento.

A varejista comandada por Luiza Helena Trajano informou ainda que espera apurar crescimento de dois dígitos nas vendas mesmas lojas deste ano, quando o foco será a maturação e absorção de sinergias da Lojas do Baú e a conclusão da integração da Lojas Maia, prevista para o quarto trimestre.


"A empresa não tem intenção de adquirir nenhuma rede de lojas em 2012... o foco será na produtividade", disse Silva, acrescentando que o crescimento será orgânico e "suave".

O executivo ressaltou ainda que a alta base de comparação com o primeiro trimestre 2011, quando os resultados foram fortes, pode pressionar o desempenho nos primeiros meses deste ano.

A empresa planeja investir 140 milhões de reais em 2012, considerando a abertura de 20 a 30 lojas e reformas de 50 a 60 unidades.

No último ano, foram desembolsados 210,2 milhões de reais e inauguradas 124 lojas -100 oriundas da aquisição do Baú-, totalizando 728 unidades em operação.

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