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Magalu afirma que manterá seleção de trainees apenas para negros

A proposta recebeu apoio e críticas nas redes sociais e chegou a ser um dos assuntos mais comentados do Twitter

Magazine Luiza: nos cargos de liderança, os negros ocupam apenas 16% (Magalu/Divulgação)

Magazine Luiza: nos cargos de liderança, os negros ocupam apenas 16% (Magalu/Divulgação)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 20 de setembro de 2020 às 18h35.

O Magazine Luiza afirmou pelo Twitter que vai manter a seleção de trainees voltada apenas para candidatos negros, conforme programa anunciado pela varejista na última sexta-feira. A proposta recebeu apoio e críticas nas redes sociais e chegou a ser um dos assuntos mais comentados do Twitter no sábado.

Os deputados federais Carlos Jordy (PSL-SP) e Daniel Silveira (PSL-RJ), como antecipou o blog Sonar, estão entre os que criticaram o processo, argumentado que a iniciativa não teria respaldo legal. Jordy afirma que vai apresentar representação ao Ministério Público para que o programa investigado pelo suposto crime de racismo.

"Estamos absolutamente tranquilos quanto a legalidade do nosso Programa de Trainees 2021. Inclusive, ações afirmativas e de inclusão no mercado profissional, de pessoas discriminadas há gerações, fazem parte de uma nota técnica de 2018 do Ministério Público do Trabalho", afirmou o Magalu em tuíte em resposta a Jordy.

O vereador Fernando Holiday (Patriota-SP) questionou o programa do Magalu e também o anunciado pela Bayer, também dizendo que entrará com representações junto ao MP questionando as empresas por instituirem "um padrão racista de contratação".

As manifestações de apoio à companhia também ganharam destaque, com comentários de pessoas como o influenciador digital Felipe Neto, que defende ações de cota como necessárias para inclusão de negros no mercado de trabalho.

Ao lançar o programa, o Magalu explicou que o objetivo é ampliar a diversidade racial nos cargos de liderança na companhia. Para chegar lá, vai recrutar universitários e recém-formados negros de todo o país.

Hoje, a varejista têm mais da metade (53%) de seus funcionários de pretos e pardos. Nos cargos de liderança, contudo, eles equivalem apenas 16%.

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