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Luminova, do grupo SEB, entra em franquias e prevê 60 escolas até 2023

Com promessa de tecnologia de ponta e mensalidades de baixo custo, a marca já fechou contratos mesmo diante da pandemia

Método da franquia promete tecnologia de ponta (Luminova/Divulgação)

Método da franquia promete tecnologia de ponta (Luminova/Divulgação)

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Juliana Estigarribia

Publicado em 28 de julho de 2020 às 06h00.

Os efeitos negativos da pandemia do novo coronavírus na economia não devem ser um impedimento para a rede de escolas Luminova, do grupo SEB (Sistema Educacional Brasileiro), implantar o sistema de franquias. A meta da companhia é atingir 60 unidades até 2023.

Com um ano de operação, quatro unidades próprias - três na capital paulista e uma no interior do estado - e 2.700 alunos matriculados, a Luminova pretende chegar a 80.000 estudantes nos próximos três anos. A proposta inclui mensalidades de baixo custo, a partir de 595 reais. A rede já fechou contratos para cinco franquias e está negociando outras cinco somente neste ano.

"Trata-se de um modelo que vai ao encontro do desejo da maior parte da população, que é ensino de qualidade com baixo desembolso. É uma escolha inteligente, estamos democratizando o ensino de qualidade", afirma Nathan Schmucler, diretor de novos negócios da Luminova.

De acordo com o executivo, a taxa de cancelamento das matrículas na rede foi "relativamente baixa" na pandemia, embora tenha ocorrido inadimplência.

"Sabemos que a questão da renda vai pressionar a economia, mas temos um serviço de qualidade com inovação, além de inglês todos os dias por um baixo desembolso. Podemos ter saída de alunos, mas por outro lado, uma migração de famílias que pagavam mais caro em outras escolas."

A companhia atribui o êxito dos negócios, principalmente na pandemia, ao elevado nível de tecnologias aplicadas no método de ensino. Antes da quarentena, o grupo já utilizava uma plataforma online com atividades postadas pelos próprios professores. A interação dos alunos pode ser feita via chat, com conceitos de inteligência artificial.

"Nossa metodologia já era muito apoiada na tecnologia. Acreditamos que o ensino híbrido, com método parcialmente à distância, é o futuro", acredita Schmucler.

Durante a pandemia, o método da Luminova não inclui aulas 100% ao vivo. "Não funciona. Entregamos o problema ao aluno, que vai pesqusiar sobre o tema, troca experiências com seus pares e a amarração final do conteúdo é feita com o professor, que passa a ser um mediador da discussão", explica o executivo.

Ele afirma que a rede está preparada para o retorno às aulas. Para tanto, as escolas fortaleceram suas estruturas com processos de higienização, termômetros para medir temperatura na entrada e dispenser de álcool em gel nas dependências.

A Luminova trabalha com a perspectiva de retomar as atividades com apenas 30% da capacidade das salas, com alternância dos horários de entrada e saída e refeições dentro da sala de aula (com entrega dos lanches em sala).

"O professor vai ser o grande influenciador na abordagem de segurança contra a disseminação do coronavírus. O ensino híbrido vai permear o sistema por muito tempo ainda", afirma Schmucler.  

Estruturação

Em 2019, a rede faturou 22 milhões de reais. O investimento inicial da companhia nas quatro primeiras unidades, próprias, foi de 20 milhões de reais. Para o franqueado, o aporte previsto é a partir de 1,1 milhão de reais, com retorno estimado de 55 meses.

Na maturidade da franquia, a Luminova prevê  cerca de 1.000 alunos para a unidade.

O royalty é de 6%, assim como o fundo de propaganda. A taxa de franquia para cobrir os custos de pesquisa de mercado é de 100.000 reais, pagos no momento  da assinatura do contrato, valor que já está previsto dentro do investimento total inicial.

Segundo Schmucler, a Luminova entende que se trata de um negócio com retorno de longo prazo. "Há muitos investidores qualificados que estão procurando bons investimentos neste momento."

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