Lucro líquido da BM&FBovespa sobe 65%
Lucro de R$ 393,3 milhões não considerou o impacto do investimento na CME Group
Da Redação
Publicado em 12 de novembro de 2015 às 18h49.
São Paulo - A BM&FBovespa , que negocia fusão com a Cetip, reportou um lucro líquido de R$ 393,3 milhões sem considerar o impacto proveniente do investimento na CME Group (ex-impacto CME), crescimento de 65% em relação ao observado no mesmo período do ano passado.
Em relação aos três meses imediatamente anteriores a alta foi de 23,7%.
Se considerados todos os efeitos com o desinvestimento parcial da companhia na CME , assim como a descontinuidade do método de equivalência patrimonial, o lucro líquido, esse atribuível aos acionistas da bolsa, foi a R$ 2,012 bilhões, recorde para o período.
Para se ter uma ideia o lucro nos nove primeiro meses do ano foi de R$ 2,61 bilhões.
No documento que acompanha o seu demonstrativo financeiro, a bolsa destaca que os recursos advindos da venda de 20% da fatia que detinha na CME em setembro totalizaram R$ 1,2 bilhão, impactando, assim, positivamente o caixa da companhia.
Já o resultado bruto dessa venda chegou a R$ 724 milhões, montante que foi considerado como base para o pagamento de impostos que somaram R$ 249,8 milhões, gerando, dessa forma, um resultado líquido de R$ 474,2 milhões.
A última linha do balanço foi afetada, ainda, com a descontinuidade do método de equivalência patrimonial para o investimento na CME. Agora, a bolsa passou a tratar esse investimento como "um ativo financeiro disponível para venda".
De acordo com as notas explicativas, a BM&FBovespa esclarece que "com a consolidação da parceria estratégica firmada em 2010 e a maturação natural do processo de transferência de conhecimento e tecnologia entre as companhias, somados à alienação de parte do investimento detido pela companhia", foi decidido reavaliar a influência significativa exercida sobre o CME Group.
Foram considerados, segundo a companhia, fatores quantitativos e qualitativos. A conclusão após essa análise foi de que "houve a descaracterização da influência significativa conforme definida pelo CPC 18 sobre o CME Group".
Com essa mudança, a BM&FBovespa informou que o investimento deixa de ser tratado como ativo não circulante, passando agora a ser registrado como ativo financeiro disponível para venda no ativo circulante (aplicações financeiras).
"O investimento passa a ser mensurado a valor justo (marcado a mercado), sendo que as variações decorrentes dessa mensuração impactarão o patrimônio líquido", informou a companhia.
Com isso, "rubrica imposto de renda e contribuição social diferidos do passivo não circulante passa a incluir provisão de imposto sobre potencial ganho a ser gerado por esse investimento".
Com essa alteração, a Bolsa destaca que na demonstração de resultados o impacto extraordinário no terceiro trimestre, que foram assim não recorrentes, registrou o reconhecimento de resultado da descontinuidade do método de equivalência patrimonial no montante de R$ 1,7 bilhão, sem ser um impacto caixa.
Outro efeito foi o reconhecimento de imposto diferido de R$ 590 milhões, ainda sem impacto caixa.
Já a partir do quarto trimestre, a linha de equivalência patrimonial não contemplará mais o CME Group e, dessa forma, os dividendos recebidos do CME Group serão contabilizados na linha de receitas financeiras.
Receita
No intervalo de julho a setembro a receita líquida da BM&FBovespa foi de R$ 598,3 milhões, alta de 9,9% na relação anual e de 7,9% na trimestral.
As conversas para uma fusão entre BM&FBovespa e Cetip foi antecipada pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, e confirmada pelas companhias no início do mês.
Em fato relevante divulgado há dez dias a bolsa disse que não é possível assegurar que tais conversas resultarão em uma oferta ou transação de qualquer natureza e que não existe, neste momento, qualquer proposta sobre a estrutura econômica ou societária ou sobre outros termos e condições de uma eventual transação.
São Paulo - A BM&FBovespa , que negocia fusão com a Cetip, reportou um lucro líquido de R$ 393,3 milhões sem considerar o impacto proveniente do investimento na CME Group (ex-impacto CME), crescimento de 65% em relação ao observado no mesmo período do ano passado.
Em relação aos três meses imediatamente anteriores a alta foi de 23,7%.
Se considerados todos os efeitos com o desinvestimento parcial da companhia na CME , assim como a descontinuidade do método de equivalência patrimonial, o lucro líquido, esse atribuível aos acionistas da bolsa, foi a R$ 2,012 bilhões, recorde para o período.
Para se ter uma ideia o lucro nos nove primeiro meses do ano foi de R$ 2,61 bilhões.
No documento que acompanha o seu demonstrativo financeiro, a bolsa destaca que os recursos advindos da venda de 20% da fatia que detinha na CME em setembro totalizaram R$ 1,2 bilhão, impactando, assim, positivamente o caixa da companhia.
Já o resultado bruto dessa venda chegou a R$ 724 milhões, montante que foi considerado como base para o pagamento de impostos que somaram R$ 249,8 milhões, gerando, dessa forma, um resultado líquido de R$ 474,2 milhões.
A última linha do balanço foi afetada, ainda, com a descontinuidade do método de equivalência patrimonial para o investimento na CME. Agora, a bolsa passou a tratar esse investimento como "um ativo financeiro disponível para venda".
De acordo com as notas explicativas, a BM&FBovespa esclarece que "com a consolidação da parceria estratégica firmada em 2010 e a maturação natural do processo de transferência de conhecimento e tecnologia entre as companhias, somados à alienação de parte do investimento detido pela companhia", foi decidido reavaliar a influência significativa exercida sobre o CME Group.
Foram considerados, segundo a companhia, fatores quantitativos e qualitativos. A conclusão após essa análise foi de que "houve a descaracterização da influência significativa conforme definida pelo CPC 18 sobre o CME Group".
Com essa mudança, a BM&FBovespa informou que o investimento deixa de ser tratado como ativo não circulante, passando agora a ser registrado como ativo financeiro disponível para venda no ativo circulante (aplicações financeiras).
"O investimento passa a ser mensurado a valor justo (marcado a mercado), sendo que as variações decorrentes dessa mensuração impactarão o patrimônio líquido", informou a companhia.
Com isso, "rubrica imposto de renda e contribuição social diferidos do passivo não circulante passa a incluir provisão de imposto sobre potencial ganho a ser gerado por esse investimento".
Com essa alteração, a Bolsa destaca que na demonstração de resultados o impacto extraordinário no terceiro trimestre, que foram assim não recorrentes, registrou o reconhecimento de resultado da descontinuidade do método de equivalência patrimonial no montante de R$ 1,7 bilhão, sem ser um impacto caixa.
Outro efeito foi o reconhecimento de imposto diferido de R$ 590 milhões, ainda sem impacto caixa.
Já a partir do quarto trimestre, a linha de equivalência patrimonial não contemplará mais o CME Group e, dessa forma, os dividendos recebidos do CME Group serão contabilizados na linha de receitas financeiras.
Receita
No intervalo de julho a setembro a receita líquida da BM&FBovespa foi de R$ 598,3 milhões, alta de 9,9% na relação anual e de 7,9% na trimestral.
As conversas para uma fusão entre BM&FBovespa e Cetip foi antecipada pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, e confirmada pelas companhias no início do mês.
Em fato relevante divulgado há dez dias a bolsa disse que não é possível assegurar que tais conversas resultarão em uma oferta ou transação de qualquer natureza e que não existe, neste momento, qualquer proposta sobre a estrutura econômica ou societária ou sobre outros termos e condições de uma eventual transação.