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Lucro dos grandes bancos espanhóis cai 32% em 2011

Juntos Santander, BBVA, CaixaBank, Bankia e Banco Popular ganharam 10,197 bilhões de euros no ano

O Santander teme o maior lucro entre os bancos espanhóis (EXAME.com)

O Santander teme o maior lucro entre os bancos espanhóis (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 15 de fevereiro de 2012 às 15h35.

Madri - As cinco principais entidades do setor financeiro espanhol tiveram um lucro líquido conjunto de 10,197 bilhões de euros em 2011, 32% a menos que em 2010, por causa da deterioração do negócio na Espanha e um maior esforço de saneamento dos ativos imobiliários.

Destes bancos espanhóis, o Santander, pela primeira vez, teve mais da metade do seu lucro, 51%, na América Latina.

Este foi novamente o banco que mais ganhou em 2011, 5,351 bilhões de euros, 35% a menos que em 2010 por causa das fortes dotações a provisões e saneamentos realizados, sem os quais o lucro teria sido de 7,021 bilhões e teria caído 14%.

Neste capítulo, destacam-se os 1,812 bilhões de euros dotados para ativos imobiliários na Espanha, o que permitiu elevar a cobertura dos imóveis adjudicados até 50%, desde os 31% anteriores, explica a entidade.

Mais da metade do seu lucro (51%) foi na América Latina, concretamente 4,664 bilhões de euros, embora esse montante tenha sido 1,4% menor que a quantia do ano anterior.

Segundo os dados colhidos pela Agência Efe, Santander, BBVA, CaixaBank, Bankia e Banco Popular fizeram no ano passado dotações extras por um importe de 5,8 bilhões de euros.

O BBVA obteve um lucro líquido de 3,004 bilhões de euros em 2011, que foi 34,8% inferior ao conseguido em 2010, a causa, neste caso, foi um ajuste que teve que realizar na contabilidade de sua franquia americana.

Se não fosse por esse ajuste, que lhe obrigou a fornecer 1,011 bilhões de euros líquidos em impostos nos Estados Unidos, o lucro recorrente do BBVA teria se situado em 4,015 bilhões, 12,8% a menos que no ano anterior.

Este ano, o setor financeiro espanhol deverá enfrentar um endurecimento das provisões contida na reforma aprovada pelo Governo no dia 3 de fevereiro, que obriga as entidades financeiras a aumentar em 50 bilhões de euros suas provisões pelos ativos imobiliários. 

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