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Lucro do GPA no varejo alimentar ficou abaixo do esperado

Excluindo operações descontinuadas, o lucro atribuído aos acionistas controladores foi de R$ 9 milhões no quarto trimestre de 2016

Pão de Açúcar: estimativas variavam entre lucro de R$ 26 milhões a R$ 299 milhões (.)

Pão de Açúcar: estimativas variavam entre lucro de R$ 26 milhões a R$ 299 milhões (.)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de fevereiro de 2017 às 09h46.

São Paulo - O lucro do Grupo Pão de Açúcar (GPA) no varejo alimentar ficou abaixo do esperado por analistas. O lucro atribuído aos acionistas controladores nas operações de varejo alimentar, excluindo operações descontinuadas, foi de R$ 9 milhões no quarto trimestre de 2016.

O montante ficou abaixo da Prévia Broadcast. Estimativas de cinco instituições financeiras consultadas- Bradesco, BTG Pactual, Goldman Sachs, Itaú BBA e Santander - variavam entre lucro de R$ 26 milhões a R$ 299 milhões.

Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, que considera também o negócio de varejo alimentar, ficou 6% menor do que o esperado, para R$ 742 milhões, quando eram R$ 790 milhões previstos pelos analistas.

O GPA havia publicado antecipadamente o resultado de vendas do trimestre. As operações de varejo de alimentos atingiram receita líquida de R$ 11,740 bilhões no quarto trimestre de 2016, montante 12,1% superior ao apurado no mesmo período do ano anterior.

O Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, considera que o resultado está em linha com as projeções quando a variação para cima ou para baixo é de até 5%.

Contingência fiscal

Os resultados do Grupo Pão de Açúcar no quarto trimestre de 2016 foram afetados por aumento de despesas extraordinárias, explicadas sobretudo por provisões de contingências fiscais.

A linha de Outras Despesas e Receitas Operacionais totalizou R$ 260 milhões negativos no trimestre. O montante de despesa extraordinária é 174% maior que o registrado pelo grupo no mesmo período de 2016.

Segundo reportou a companhia, as provisões somaram R$ 138 milhões no trimestre e estão relacionadas ao ICMS.

Sobre o ICMS, em nota explicativa a companhia menciona que, em decorrência de julgamento do Supremo Tribunal Federal em 16 de outubro de 2014, foi decidido que os contribuintes de ICMS que comercializam produtos que compõem a cesta básica não têm direito de utilizar integralmente os créditos do referido imposto.

A empresa acrescenta que há casos autuados pelo fisco do Estado de São Paulo em relação ao ressarcimento de substituição tributária.

A linha de outras despesas ainda foi afetada pelo resultado com ativo imobilizado em R$ 64 milhões. Ao comentar os resultados de sua divisão Multivarejo, que reúne as bandeiras Extra e Pão de Açúcar, o GPA cita ainda despesas com reestruturação da ordem de R$ 26 milhões.

As despesas contribuíram para afetar o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) do trimestre. De outubro a dezembro de 2016, o Ebitda consolidado atingiu R$ 467 milhões, queda de 40,2% contra igual intervalo de 2015.

Ajustado para essas despesas extraordinárias, o Ebitda seria de R$ 726 milhões, queda de 17% na comparação anual.

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