Montadora de ônibus Marcopolo: a empresa está adotando férias coletivas e postergando investimentos para lidar com o cenário "desafiador" para o setor (Germano Lüders/EXAME)
Da Redação
Publicado em 4 de maio de 2015 às 20h20.
Rio de Janeiro - A Marcopolo está adotando férias coletivas e postergando investimentos para lidar com o cenário "desafiador" para o setor em 2015, que se confirmou ao final do primeiro trimestre, quando seu lucro caiu quase 40 por cento.
A fabricante de carrocerias de ônibus teve lucro líquido de 34 milhões de reais de janeiro a março, queda de 37,4 por cento sobre um ano antes.
"O resultado foi afetado pela menor receita nos segmentos de rodoviários e Volares no mercado interno, que recuaram 24,1 por cento e 58,1 por cento, respectivamente", disse a Marcopolo.
O lucro também foi presssionado pelo resultado financeiro negativo de 19,9 milhões de reais no período, ante 9,2 milhões de reais positivos na mesma etapa do ano anterior. Segundo a empresa, a perspectiva de outro ano desafiador na indústria de carrocerias de ônibus no país se confirmou.
"A Marcopolo vem buscando se adaptar a esse cenário adotando férias coletivas, flexibilização da jornada de trabalho, postergação de investimentos, redução de custo fixo e melhorias na eficiência operacional", disse empresa.
Entre janeiro e março, a receita líquida da Marcopolo caiu 11,5 por cento ano a ano, para 656,8 milhões de reais, com um recuo de 32,2 por cento nas receitas do Brasil e aumento de 40,9 por cento nas receitas de exportação.
O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) caiu 12 por cento ano a ano, para 65,8 milhões de reais.