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Lucro da Gol bate recorde e chega a 424, 5 milhões em 2005

Política de tarifas baixas ajudou companhia a conseguir lucro 40,7% superior ao de 2004 e receita 35,4% maior com transporte de passageiros

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h38.

A Gol anunciou lucro líquido recorde de 424,501 milhões de reais em 2005, resultado 40,7% acima do de 2004, de 301,800 milhões de reais. A política de reduzir as tarifas para conquistar novos clientes surtiu efeito e ajudou a elevar a receita com o transporte de passageiros em 35,4% no ano passado frente a 2004, atingindo 2,539 bilhões de reais.

Em 2005, o preço médio das passagens caiu 5,2%, de 235 reais para 223 reais. De acordo com o presidente da companhia, Constantino de Oliveira Junior, as tarifas da Gol no mercado doméstico ficaram, no geral, 25% abaixo das praticadas pelas outras companhias aéreas. Ele diz que a estratégia deve continuar em 2006: "A política de tarifas em 2006 deve ser bastante parecida em relação a 2005. A gente espera uma manutenção dos níveis". Mostra de que a empresa não desistirá do título de "aérea de baixo custo" é a promoção lançada neste mês com passagens por 50 reais, que causou uma explosão de compras - apenas nas 12 primeiras horas de comercialização, foram vendidas 55,298 mil passagens.

Nas contas da companhia de 2005, cresceram principalmente os custos com combustíveis e lubrificantes, com alta de 72,6% (808,269 milhões), e as despesas com tarifas de pouso e decolagem (61%, para 92,404 milhões). No quarto trimestre, esses custos aceleraram, respectivamente, para 80,4% e 74,3%. O total de custos e despesas operacionais para o ano completo ficou em 2,158 bilhão, 44,9% mais do que em 2004.

Aumento da frota

Para este ano, a companhia pretende elevar o número total de aviões em operação - de 43 para 58. Três novas aeronaves já devem operar no primeiro trimestre, o que aumentará em 50% a capacidade de assentos disponíveis em comparação ao mesmo período de 2006.

A combinação de maior oferta e baixas tarifas deve render à Gol uma maior parcela do mercado doméstico. Apesar do otimismo da empresa, a Gol não acredita que essa estratégia de negócio seja suficiente para inflar o ainda pequeno mercado brasileiro. "A gente deve ficar em 2006 com 35%, 38% de market share doméstico, pensando que o mercado interno pode crescer até 20% no ano", diz Richard Lark, vice-presidente financeira da Gol, que fechou 2005 com participação de 29,79% no transporte de passageiros no Brasil - só atrás da Tam, com 46,14%.

Internacionalização

De acordo Constantino e Lark, a Gol pretende em 2006 consolidar as bases na América do Sul, mas há planos de estabelecer rotas para cidades como Santiago, no Chile, Caracas, na Venezuela, e Lima, no Peru. "Estamos mantendo o foco em todos os destinos com alguma densidade de demanda", diz Constantino. Em 2006, as viagens da Gol no mercado internacional deverão representar 8% do total das operações.

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