Lucro da CCR cai no 4º trimestre com queda no tráfego
A empresa informou nesta quinta-feira que teve lucro líquido de 244,8 milhões de reais no quarto trimestre
Da Redação
Publicado em 25 de fevereiro de 2016 às 20h34.
São Paulo - A empresa de concessões de infraestrutura CCR teve queda no lucro do quarto trimestre, afetada por menor tráfego em estradas que administra e maior custo do serviço da dívida.
A empresa informou nesta quinta-feira que teve lucro líquido de 244,8 milhões de reais no quarto trimestre, queda de 36,2 por cento ante mesmo período de 2014.
O resultado operacional da CCR medido pelo Ebitda (lucro antes de impostos, juros, amortização e depreciação) ajustado ficou em 984,5 milhões de reais, recuo de 4,1 por cento na comparação ano a ano.
A margem Ebitda ajustada caiu 9 pontos percentuais, para 58,2 por cento.
"Os números refletem em parte a queda na atividade econômica do país", disse à Reuters o gerente de relações com investidores da CCR, Marcos Macedo. O tráfego nas rodovias administradas pela companhia caiu 4,4 por cento no quarto trimestre.
Além disso, a dívida líquida da empresa subiu do equivalente a 2,4 vezes para 3,2 vezes o Ebitda, como reflexo de maiores investimentos em obras assumidas nos últimos anos como o Metrô Bahia, a CCR MSVia e o BH Airport e do maior custo de serviço da dívida, dado o aumento da taxa básica do país.
Apesar disso, a CCR pretende ampliar o volume de investimentos em quase 70 por cento em 2016, para cerca de 6 bilhões de reais, devido justamente à intensificação de obras, disse o executivo.
Em 2015, o investimento da companhia subiu 28,6 por cento, para 3,6 bilhões de reais.
Segundo Macedo, a maioria dos projetos cuja licitação foi vencida pela CCR já têm aprovados os processos de financiamento com o BNDES. A CCR considera fazer emissões de debêntures de infraestrutura para ajudar a financiar os projetos.
Para o executivo, mesmo com a piora do cenário econômico do país e do encarecimento do custo de capital, os projetos da CCR seguem com taxas de retorno adequadas para prazos mais longos.
Para 2016, no entanto, se a projeção do mercado para mais um ano de recessão se confirmar, o tráfego de veículos nas rodovias da empresa pode voltar a recuar.
Macedo afirmou que a CCR aguarda para as próximas semanas o lançamento de uma audiência pública sobre o aditivo contratual da rodovia Presidente Dutra, operada por ela, com previsão de obras avaliadas em 2,5 a 3 bilhões de reais que devem ser entregues antes do término da atual concessão em 2021. "Depende do poder concedente", afirmou.
São Paulo - A empresa de concessões de infraestrutura CCR teve queda no lucro do quarto trimestre, afetada por menor tráfego em estradas que administra e maior custo do serviço da dívida.
A empresa informou nesta quinta-feira que teve lucro líquido de 244,8 milhões de reais no quarto trimestre, queda de 36,2 por cento ante mesmo período de 2014.
O resultado operacional da CCR medido pelo Ebitda (lucro antes de impostos, juros, amortização e depreciação) ajustado ficou em 984,5 milhões de reais, recuo de 4,1 por cento na comparação ano a ano.
A margem Ebitda ajustada caiu 9 pontos percentuais, para 58,2 por cento.
"Os números refletem em parte a queda na atividade econômica do país", disse à Reuters o gerente de relações com investidores da CCR, Marcos Macedo. O tráfego nas rodovias administradas pela companhia caiu 4,4 por cento no quarto trimestre.
Além disso, a dívida líquida da empresa subiu do equivalente a 2,4 vezes para 3,2 vezes o Ebitda, como reflexo de maiores investimentos em obras assumidas nos últimos anos como o Metrô Bahia, a CCR MSVia e o BH Airport e do maior custo de serviço da dívida, dado o aumento da taxa básica do país.
Apesar disso, a CCR pretende ampliar o volume de investimentos em quase 70 por cento em 2016, para cerca de 6 bilhões de reais, devido justamente à intensificação de obras, disse o executivo.
Em 2015, o investimento da companhia subiu 28,6 por cento, para 3,6 bilhões de reais.
Segundo Macedo, a maioria dos projetos cuja licitação foi vencida pela CCR já têm aprovados os processos de financiamento com o BNDES. A CCR considera fazer emissões de debêntures de infraestrutura para ajudar a financiar os projetos.
Para o executivo, mesmo com a piora do cenário econômico do país e do encarecimento do custo de capital, os projetos da CCR seguem com taxas de retorno adequadas para prazos mais longos.
Para 2016, no entanto, se a projeção do mercado para mais um ano de recessão se confirmar, o tráfego de veículos nas rodovias da empresa pode voltar a recuar.
Macedo afirmou que a CCR aguarda para as próximas semanas o lançamento de uma audiência pública sobre o aditivo contratual da rodovia Presidente Dutra, operada por ela, com previsão de obras avaliadas em 2,5 a 3 bilhões de reais que devem ser entregues antes do término da atual concessão em 2021. "Depende do poder concedente", afirmou.