Lucro da Brookfield cresce 47% no 3o tri

São Paulo - A Brookfield Incorporações apresentou na noite de quinta-feira lucro líquido de 80,8 milhões de reais para o terceiro trimestre, aumento de 46,9 por cento sobre o ganho obtido um ano antes.

O resultado se compara aos 76 milhões de dólares esperados por analistas, segundo a média de seis estimativas obtidas pela Reuters.

Nos nove meses até setembro, o lucro da empresa acumula alta de 77 por cento sobre o ano passado, somando 266 milhões de reais.

"Dois fatores contribuíram para o resultado: vendas contratadas e andamento das obras, que levaram a reconhecimento de receita positivo no período", disse o diretor financeiro da Brookfield, Cristiano Machado, à Reuters.

A companhia informou também que, pela primeira vez, gerou caixa líquido, de 73,2 milhões de reais, por operações de securitização e, principalmente, pelo recebimento da primeira parcela, no valor de 200 milhões de reais, da venda de um empreendimento comercial de alto padrão em São Paulo.

"Com isso, o endividamento da companhia caiu de 47,2 por cento (em junho) para 43 por cento do patrimônio líquido, nos colocando em posição bastante confortável para sustentar o crescimento", acrescentou Machado.

A Brookfield encerrou setembro com endividamento líquido de 1,156 bilhão de reais, contra 1,229 bilhão de reais no segundo trimestre.

O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da incorporadora atingiu 148,5 milhões de reais entre julho e setembro, 53,4 por cento ante igual período do ano passado. A margem Ebitda, enquanto isso, passou de 19,9 para 23,7 por cento.

A receita líquida ficou em 626,6 milhões de reais nos três meses encerrados em setembro, alta de 28,9 por cento sobre o mesmo intervalo de 2009.

Em termos operacionais, a Brookfield contabilizou vendas de 823,6 milhões de reais no terceiro trimestre e de 2,6 bilhões nos primeiros nove meses do ano, o que significa cumprimento de 88 por cento da meta traçada para 2010.

A velocidade de vendas no segmento residencial, por sua vez, alcançou 24 por cento no trimestre, maior nível em dois anos, segundo o diretor financeiro.

Já os lançamentos totalizaram 1,9 bilhão de reais no acumulado do ano, respondendo por 62,3 por cento da projeção anual.

Apesar do saldo a cumprir, Machado garante que a companhia está confortável e aposta na sazonalidade do quarto trimestre para fechar a conta.

"O último trimestre de 2009 representou cerca de 40 por cento dos lançamentos do ano. Hoje estamos em uma posição bem mais confortável, com 38 por cento a cumprir", disse ele.

Para 2011, a Brookfield tem como meta realizar lançamentos de 3,5 bilhões a 4 bilhões de reais.