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Lucro da Ambev cai com despesas e maior alíquota de impostos

O lucro líquido atribuído a participação dos controladores registrado pela Ambev no primeiro trimestre foi de R$ 2,810 bilhões, abaixo das estimativas


	Ambev: despesas financeiras líquidas da empresa totalizaram R$ 481,7 milhões no primeiro trimestre de 2015
 (Tatiana Vaz/Exame.com)

Ambev: despesas financeiras líquidas da empresa totalizaram R$ 481,7 milhões no primeiro trimestre de 2015 (Tatiana Vaz/Exame.com)

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Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2015 às 12h37.

São Paulo - O crescimento do lucro líquido da Ambev no primeiro trimestre de 2015 foi impactado por alta de despesas financeiras e uma maior alíquota efetiva de impostos. A companhia destacou esses efeitos em sua divulgação de resultados e ponderou que eles compensaram parcialmente o crescimento do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização).

O lucro líquido atribuído a participação dos controladores registrado pela Ambev no primeiro trimestre de 2015, de R$ 2,810 bilhões, ficou abaixo das estimativas do mercado. O resultado reportado foi 7% menor que a média das projeções nove instituições financeiras consultadas pelo Broadcast (Bank of America Merrill Lynch, BTG Pactual, Credit Suisse, Goldman Sachs, Itaú BBA, JPMorgan, Morgan Stanley, Votorantim Corretora e UBS).

As despesas financeiras líquidas da Ambev totalizaram R$ 481,7 milhões no primeiro trimestre de 2015, alta de 30,6% sobre os gastos observados em igual período de 2013.

A companhia informou que a alta ocorreu devido a uma maior despesa adicional sem efeito caixa referente à opção de venda associada ao investimento na Cervecería Nacional Dominicana (CND). Além disso, afirmou que houve perdas com derivativos relacionados à implementação da política de hedge e perda com variação cambial sobre contas a pagar e empréstimos intercompany, como consequência da depreciação do Real.

A alíquota efetiva de impostos aumentou na comparação anual, passando de um porcentual de 17,5% para 24,3%. A Ambev informou que a variação se deve, principalmente, a um impacto negativo extraordinário de aproximadamente R$ 360 milhões, relacionado a transações intercompany. A alíquota nominal ponderada no trimestre foi de 32,7% comparada a 32,8% do primeiro trimestre de 2014.

De janeiro a março, a companhia teve uma despesa não-recorrente de R$ 7,8 milhões, crescimento ante os R$ 6,6 milhões do mesmo período do ano anterior.

O endividamento consolidado da companhia ao final de março era de R$ 2,691 bilhões, avanço de 2,6% ante o montante de R$ 2,622 bilhões do encerramento de 2014. Do total, R$ 2,085 bilhão estava em moeda local e R$ 605,1 milhões em moeda estrangeira. A companhia encerrou o primeiro trimestre com caixa líquido de 5,122 bilhões ante R$ 7,713 bilhões em dezembro.

Lucro, Ebitida e Receita

O lucro líquido atribuído a participação dos controladores registrado pela Ambev no primeiro trimestre de 2015, de R$ 2,810 bilhões, ficou abaixo das estimativas do mercado. O resultado reportado foi 7% menor que a média das projeções nove instituições financeiras (Bank of America Merrill Lynch, BTG Pactual, Credit Suisse, Goldman Sachs, Itaú BBA, JPMorgan, Morgan Stanley, Votorantim Corretora e UBS). A média apontava para lucro atribuído ao controlador, excluindo participação de minoritários, de R$ 3,030 bilhões entre janeiro e março do ano passado.

Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da fabricante de bebidas foi 8% superior ao o esperado. A Ambev reportou um Ebitda ajustado de R$ 5,072 bilhões, enquanto a média das estimativas indicava um montante de R$ 4,659 bilhões. O cálculo dos analistas considerou o dado ajustado, que exclui receitas e despesas não-recorrentes.

A receita líquida de R$ 10,768 bilhões divulgada pela companhia também ficou acima do esperado pelos analistas. Os profissionais esperavam receita de R$ 10,123 bilhões, em média, e o resultado foi 6% superior.

O Broadcast considera que os resultados estão em linha com as projeções quando a diferença para cima ou para baixo é de até 5%.

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