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Lucro ajustado da BrMalls cresce 13,5%, para R$ 129 mi

Em dezembro passado, a BRMalls avançou com sua estratégia de reciclagem do portfólio de ativos, vendendo participação em cinco shoppings

BR Malls: sem o ajuste por eventos não recorrentes, a companhia apurou prejuízo líquido de 652,5 milhões de reais (BR Malls/Divulgação)

BR Malls: sem o ajuste por eventos não recorrentes, a companhia apurou prejuízo líquido de 652,5 milhões de reais (BR Malls/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 14 de março de 2018 às 22h15.

São Paulo) - A administradora de shopping centers BRMalls teve lucro ajustado de 129,3 milhões de reais no quarto trimestre, superando em 13,5 por cento o desempenho apurado no mesmo período de 2016, apoiada na melhora do resultado financeiro em meio à queda das despesas com empréstimos e ao aumento das aplicações após venda de ativos.

Em dezembro passado, a BRMalls avançou com sua estratégia de reciclagem do portfólio de ativos, vendendo participação em cinco shoppings (Minas Shopping, Shopping Maceió, Natal Shopping, Shopping Granja Vianna e Shopping Paralela) por 717,3 milhões de reais. Com isso, a Área Bruta Locável Total (ABL) caiu 12,2 por cento no quarto trimestre, para 1,446 milhão de metros quadrados.

Sem o ajuste por eventos não recorrentes, a companhia apurou prejuízo líquido de 652,5 milhões de reais entre outubro e dezembro, ante resultado negativo de 147,7 milhões de reais no mesmo período de 2016.

O desempenho operacional da BRMalls medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de 235,4 milhões de reais, queda de 20,6 por cento na comparação com o último trimestre de 2016.

A receita líquida da empresa caiu 4,6 por cento na mesma base, para 370,55 milhões de reais. Sem considerar o efeito da venda de ativos, a queda foi de 2,2 por cento.

No conceito de vendas mesmas lojas, contudo, houve alta de 1,6 por cento no quarto trimestre, ante queda de 0,6 por cento em igual intervalo de 2016. Já o indicador de vendas por metro quadrado teve variação positiva de 2,4 por cento, explicada pela qualificação do mix do portfólio.

A taxa de ocupação manteve-se estável em relação ao último trimestre de 2016, mas subiu 1 ponto percentual em relação ao terceiro trimestre deste ano.

Conforme material de divulgação do balanço, os recursos obtidos com a venda de participação em shoppings também permitiram à BRMalls acelerar o processo de desalavancagem da companhia.

As aplicações financeiras da empresa cresceram 71,3 por cento, somando 23,2 milhões de reais, enquanto as despesas com empréstimos e financiamentos caíram 31,1 por cento, para 78,3 milhões de reais.

Ao fim de dezembro, a relação dívida líquida sobre Ebitda ajustado anualizado era de 1,7 vez, ante 2,7 vezes no terceiro trimestre. O resultado financeiro ficou negativo em 65,76 milhões de reais no quarto trimestre, ante 122,154 milhões de reais negativos um ano atrás.

"Acreditamos ter disposto as bases que nos permitirão avançar com segurança em nossos objetivos de longo prazo", disse o presidente da BRMalls, Ruy Kameyama, em material de divulgação do balanço.

Para 2018, o executivo citou investimentos em revitalização de ativos e desenvolvimento de soluções e tecnologias que facilitem a integração dos canais de venda e interação com consumidores.

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