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Light quer vender fatia em Belo Monte e outras empresas, diz CEO

A decisão seria parte de uma estratégia de desinvestimento de ativos não essenciais e dos quais a companhia não detém o controle

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Energia: a Light é sócia indireta da usina de Belo Monte, com 25% da Amazônia Energia (Yangphoto/Getty Images)

Energia: a Light é sócia indireta da usina de Belo Monte, com 25% da Amazônia Energia (Yangphoto/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 13 de março de 2020 às, 15h36.

Última atualização em 13 de março de 2020 às, 17h52.

A Light tem planos de vender sua participação na hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, em meio a uma estratégia de desinvestimento de ativos não essenciais e nos quais a companhia não detém o controle, disse nesta sexta-feira, a presidente da companhia, Ana Marta Horta Veloso.

Em teleconferência com analistas, a executiva destacou ainda que a empresa responsável pela distribuição de energia na região metropolitana do Rio de Janeiro conseguiu reverter tendência de alta em perdas não-técnicas, causadas por ligações ilegais, os populares "gatos" de energia.

As perdas por essas ligações clandestinas corresponderam a 54,45% do mercado de clientes residenciais (baixa tensão) da Light ao final de dezembro, contra 55,42% em setembro e 55,36% em junho.

"Pela primeira vez em dois anos registramos queda tão significativa em um trimestre", afirmou a CEO, destacando a melhoria de tendência para o indicador.

O combate às perdas é o principal pilar da gestão da Light, segundo a executiva, que destacou também ações como a busca por redução de custos com pessoal, materiais e serviços (PMSO) e a venda de alguns ativos, principalmente os vistos como não essenciais ou nos quais a empresa não detém o controle.

Além de Belo Monte, os ativos que podem ser alvo de desinvestimento incluem a fatia da empresa na Guanhães Energia, que controla pequenas hidrelétricas em Minas Gerais, segundo Ana Marta.

Tanto na usina do rio Xingu quanto na Guanhães, a Cemig é sócia junto com a estatal mineira Cemig, ex-controladora da empresa.

Novo caminho

Os planos da Light de se desfazer das participações vêm após a Cemig ter deixado de ser controladora da empresa em julho do ano passado, ao reduzir sua fatia na elétrica por meio de uma oferta pública.

Em Belo Monte, a Light é sócia indireta com 25% da Amazônia Energia, um veículo que detém 9,8% da usina no Pará, criado em parceria com a Cemig. A Cemig também possui 49% da Guanhães Energia.

Sob a gestão de Ana Marta Veloso, que assumiu o comando da companhia em maio de 2019, a Light já vendeu sua participação na Renova Energia, empresa de geração limpa na qual também era sócia da Cemig.

A companhia vendeu sua parcela de 17,17% na Renova, que tem enfrentado consecutivos prejuízos, pelo valor simbólico de apenas 1 real, em negócio fechado em outubro junto a um fundo controlado pelos fundadores da empresa de energia renovável, Ricardo Lopes Delneri e Renato do Amaral.

Dois dias depois da transação, a Renova entrou com pedido de recuperação judicial no qual listou dívidas de 3,1 bilhões de reais, incluindo débitos com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Ao final da teleconferência desta sexta-feira, a CEO da Light destacou que a elétrica é agora "uma companhia privada" com condições de implementar um plano de "turn-around" e melhoria dos resultados.

A Light teve prejuízo líquido de 366 milhões de reais no quarto trimestre, frente a lucro de 92 milhões de reais no mesmo período do ano passado, devido ao reconhecimento de provisões estimadas para crédito de liquidação duvidosa (PECLD) extraordinárias no valor de 525 milhões de reais.

Segundo a presidente da companhia, essas provisões foram um evento não-recorrente, "que vai acontecer agora e não mais".

 

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