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Leroy Merlin entrará no e-commerce em 2012

Rede de materiais de construção se prepara para canal alternativo de vendas

Leroy Merlin: área de decoração de uma das 20 lojas da rede (Divulgação)

Tatiana Vaz

Publicado em 7 de dezembro de 2010 às 11h01.

São Paulo – Por mais que o e-commerce tenha deslanchado no Brasil, o setor de material de construção ainda não conquistou a confiança dos brasileiros na web. Isso porque as pessoas preferem ver de perto os produtos antes de adquirir. Mesmo assim, a Leroy Merlin pretende entrar de vez no ramo de vendas pela Internet em meados de 2012.

O plano da companhia, que faturou 1,8 bilhão de reais em 2009 e espera aumentar a receita em mais 30% este ano, é colocar no ar um site totalmente reformulado em 2011 para, no ano seguinte, lançar um novo endereço repleto de facilidades e promoções para os clientes encontrarem ali tudo o que precisam.

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“Temos um site hoje que está longe de ser o correto para atender nosso público”, afirma Alain Ryckeboer, diretor geral da Leroy Merlin no Brasil. “Nossa intenção é investir em uma repaginação completa, mesmo sabendo que a maioria de nossas vendas continuará sendo feito nas lojas físicas.”

A ideia da rede é investir em um site simples, pronto para ajudar os clientes com informações precisas e linguagem bem acessível. Exemplo: em vez de apenas mostrar os tipos de ar-condicionado disponíveis nas lojas, o novo site trará informações dos modelos de produtos indicados para tamanhos de cômodos diferentes da casa. Outros itens poderão ainda ser vistos de diversos ângulos.

“Estamos trabalhando no projeto para entregar aos clientes exatamente o que eles esperam de um site de venda de material de construção”, diz Ryckeboer.

Lojas em dobro

Até 2015, a rede investirá cerca de um bilhão de reais para dobrar seu número de lojas no país, de 20 para 40. Cerca de 25% de suas unidades atuais também serão expandidas em 2.000 metros quadrados. O tamanho das lojas atualmente varia de 6.000 a 12.000 metros quadrados, com a exposição de 65.000 itens.

Além de cimento, portas, tintas e demais materiais de construção, dentro das lojas da Leroy Merlin, o que vem ganhando cada vez mais espaço são os itens de decoração. Hoje cerca de 30% do faturamento da companhia vem desse ramo de negócios.

“Os consumidores brasileiros não se planejam e, por isso, quanto mais itens puderem encontrar em um único fornecedor, melhor”, afirma Ryckeboer. “Entendemos isso e estamos tirando proveito”. Cerca de 30% do que a empresa vende de material de decoração é destinado ao público feminino, segundo a rede.

A maneira coordenada como os produtos de decoração são expostos também ajuda nas vendas. “Algumas pessoas têm dificuldade de imaginar a aplicação de persianas, papel de parede, quadros e modelos de janela”, afirma Alain. “O que fazemos é facilitar essa interação dos clientes com esses produtos bem combinados”.

Mercado amplo

Cerca de 12% do mercado de material de construção no Brasil está na mão das quatro maiores empresas do ramo: Leroy Merlin, Telha Norte, C&C e Construdecor, respectivamente.

Os outros 88% estão divididos entre micro e pequenas empresas que somam aproximadamente 138.000 lojas em todo o país, segundo a Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco).

“Por isso nosso objetivo não é arrancar um pedaço do bolo do vizinho, mas aumentar o bolo do mercado formal no país, com ofertas direcionadas a todo tipo de público”, diz o executivo.

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